segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Você é uma delas. Perfeccionista, sim, e ao extremo. 
Perfeita, não, e eu agradeço. 
Os astrólogos também dizem que você é corajosa, tem senso de responsabilidade e uma ansiedade incontrolável, porém maquiada. 
Dizem que você é forte por fora e se morde por dentro, que você é crítica e não gosta de demonstrações dramáticas de amor ou aquelas promessas sentimentais exageradas – sejam elas quais forem. 
Dizem ainda que você tem a mente pura, mas não é ingênua; tem os gestos calculados, mas não é fria; e até nas brigas mais indelicadas, prefere resolver tudo no tato, no ato, com a delicadeza nata que os astros naquele mês de setembro, de um ano que eu prefiro preservar, fizeram nascer em você. 
É isso que os astrólogos dizem. 
E deve ser por isso que eu também te amo. 
Por você não se cegar facilmente por qualquer amor. 
Por você ser terrivelmente prática e ao mesmo tempo divinamente romântica, mesmo sem conseguir demonstrar sempre o que realmente sente por dentro: e, às vezes, parecer fria: mas eu sei que é delicada e quente. 
Por você conseguir enxergar uma lógica em tudo – até mesmo nas paixões mais confusas. 
Por você saber sofrer calada e ao mesmo tempo não gostar de chorar essas lágrimas por muito tempo. 
Enfim: por você existir. Os astrólogos se calam. Agora quem fala é a poesia. 

[Para você que nasceu em setembro; antônio]

terça-feira, 24 de setembro de 2013


"Quando finalmente for
Da distância entre nós dois
Ser mais que ar, que fé, que pó e calor
O seu cheiro é meu suor
O seu gosto vem me despertar, me cobre de cor
Meu contorno sei de cor
O seu choro vem me confortar, lavar essa dor"

Móveis Coloniais de Acaju - Sede de Chuva

As eminências do talvez.


Se existe crise após os 20 anos, eu me encontro nela.
Me vejo com os meus recém completos 23 anos, e já me pego maluca.
Fico desesperada pensando que não vou nunca ser gente grande, de verdade, sabe?
Me acho imatura, infantil, dependente.
É engraçado, porque as pessoas geralmente dizem que não aparento tamanho 'problema'. Mas a minha análise é essa.
Me sinto uma bobona.

Fico perguntando: Quando que vou criar coragem pra romper com isso?
As minhas queridas entidades já me disseram o que eu devo fazer. Mas eu confesso que sinto medo. Ao mesmo tempo que sinto uma insatisfação por estar nesse lenga lenga eterno, sinto medo de crescer.
Não sei explicar ao certo.

É meio óbvio que ninguém quer sair da sua zona de conforto. Afinal, viver na sua bolha é muito mais legal e cômodo.
Mas fico pensando que a vida não é esse quarto bonito que eu tenho. Não só ele, pelo menos.
E tá na hora de criar vergonha na cara.
Sinceramente não sei dizer o que me impede, o que me segura.

Talvez uma terapia me ajudasse com esse dilema.
Às vezes acho que minha vida é pacata demais. Sabe, aquela coisinha inatingível? Tá meio monótono.
Não sei. Perfeitinha demais.
E eu sei que quando isso mudar, eu vou me xingar muito por estar reclamando disso.

Não sei.
Talvez seja realmente a hora de crescer, e eu só esteja adiando isso, como sempre fiz.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

As mazelas do coração.

Talvez tenha que ser assim mesmo. 
Cada um pra um lado. Sem essa interferência massiva e essa tentativa falha de 'Sermos Amigos'. Não haverá amizade.
Não há como existir a amizade depois de um relacionamento, se ela não estava presente antes dele começar. 

Existem coisas que têm começo, meio e fim. E ponto. Não adianta querer ficar postergando. Quando é pra acabar tem que ter peito de falar 'Acabou, foi bom, mas acabou.' E acabar com aquilo DE FATO. 
Nunca fui muito boa em dar um fim nas coisas da vida. Especialmente em relacionamentos. Mas isso já é questão de autopreservação. 
Você foi um período bom na minha vida. Como disse o Cigano Ramon "Melhor ter a cama quente por um tempo, do que sempre fria". E foi assim! Você viveu, cresceu, me ensinou, e morreu na minha história. 
Agora cabe a mim conseguir absorver isso, mais rápido do que a outra vez, por favor. 
Sem raiva, sem rancor, sem atribuir culpas a ninguém. Apenas entender que assim que funcionam as coisas. 
Foco, Aninha. Foco. 

"'I miss you', he admitted 
'I'm here', she said
Thats when I miss you most, when you're here. When you aren't here. When you're just a ghost of the past or a dream for another life its easier then."