sábado, 27 de julho de 2013

- O relatório diz que o comandante Chang foi morto no ataque
- Está correto
- Você diria que o amava?
- Sim, eu o amo.
- Você quer dizer que ainda o ama?
- Eu quero dizer que sempre amarei. Nossas vidas não são nossas. Do nascimento à morte estamos ligados a outras pessoas, no passado e no presente. E de cada crime e de cada gesto generoso nosso nasce nosso futuro.
- Em sua revelação, você falou das consequências da vida de alguém fazendo-se sentir por toda a eternidade. Isso significa que acredita na vida após a morte? Em paraíso ou inferno?
- Acredito que a morte seja apenas uma porta. Quando ela se fecha, outra abre. Se eu for pensar no paraíso eu pensaria numa porta se abrindo e atrás dela eu o encontraria lá, esperando por mim.

A Viagem.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Script




Devo lhe dizer que a vida é curta
que eu amei você e amei sem culpa.

Devo lhe dizer que a minha cura:
É você meu bem...

Devo, posso, quero sentir essa sensação de ter você na minha história
Roteiro do meu gibi
Revelado no meu álbum, rascunhado no meu peito.

Rabiscado nesse script
Agora já estamos quites já não ha limites, não tem bem nem mal.

Agora já não é o final
E você meu bem vai querer também estrelar o meu filme

Devo lhe dizer que a vida é um curta
eu filmei você e foi sem censura
Devo lhe dizer que a minha cura é você meu bem...

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Aquela dependência.

Aprendendo a lidar com sentimentos variados.
Mas principalmente, aprendendo a lidar comigo mesma... 


Com o decorrer do tempo eu descobri que não sei ficar sozinha. Cobro muito dos outros, com ciúmes, com possessividade. Eu realmente fico chateada caso alguém não queira me ver, ou então sair comigo. 
Uma necessidade absurda que eu tenho de que esse alguém me queira por perto. 

Invejo aquelas pessoas que conseguem fazer várias coisas sozinhas. Sabe, autossuficiência? Vão a qualquer lugar assim, sem depender de companhia, porque se sentem bem acompanhadas sozinhas. 

Eu queria muito ser assim. 

Jamais conseguiria passar uma tarde inteira sob minha companhia. Que tristeza.
Quando passo, é dentro do meu quarto. 

Nem mesmo leituras consigo mais me curtir. 
Em que momento eu fiquei tão dependente dos outros assim?

Na minha resolução do começo do ano existirá: Ser mais independente dos outros, e mais dependente de mim mesma.  

Só um desabafinho mesmo.

segunda-feira, 1 de julho de 2013


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"As coisas só começam a fluir quando a gente permite que isso aconteça. Eu to confiando em mim de novo, me permitindo, porque sei que posso muito, mereço muito! E como é bom eu finalmente ter me dado essa segunda chance, depois de ter dado tantas pra quem nem valia a pena."

- Tati Bernardi

Se não pode se vestir com os nossos sonhos, não fale em nosso nome.

"Que tempos são esses que temos que defender o óbvio?"


Há tempo de somar
e hora de dividir.
Há tempo de esperar
E tempo de decidir.
Tempos de resistir
Tempos de explodir.
Tempos de criar asas, romper cascas
Porque é tempo de partir.
Partir partidos,
Parir futuros,
Partilhar amanheceres
Há tanto tempo esquecidos.
Lá no passado tínhamos um futuro
Lá no futuro temos um presente
Pronto para nascer
Só esperando você se decidir
Porque são tempos de decidir,
Dissidiar, dissuadir,
Tempos de dizer:
Não mais em nosso nome!
Se não pode se vestir com os nossos sonhos
Não fale em nosso nome.
Não mais construir casas para que os ricos morem.
Não mais fazer o pão que o explorador come.
Não mais em nosso nome!
Não mais nosso suor, teu descanso.
Não mais o nosso sangue, tua vida.
Não mais nossa miséria, tua riqueza.
Tempos de dizer
Que não são tempos de Calar
Diante da mentira e da injustiça
É tempo de lutar
É tempo de festa, de cantar
As velhas canções e as que ainda vamos inventar
Tempos de criar, tempos de escolher
Tempos de plantar os tempos que iremos colher.
É tempo de darmos nome aos bois,
De levantar a cabeça
Acima da boiada,
Porque é tempo de tudo ou nada
É tempo de rebeldia
São tempos de rebelião
É tempo de dissidência
Já é tempo de os corações pularem fora do peito
Em passeata, em multidão.
Porque é tempo de dissidência
É tempo de revolução.

Ponderações.


Fazia tanto tempo que eu não sentia essas borboletas no estômago.
Que eu não sentia esse medo de me perder nesse sentimento. 

Que eu não ficava desesperada por não ter o controle da situação, e não domar o que eu sinto... 

Confesso que é bastante desesperador, pra mim, assumir que eu to gostando de alguém.
Principalmente pelo fato que eu nunca tenho certeza de nada. Eu não posso afirmar: Sim, estou amando. Mas está sendo bom, sabe como? 

Aquela insegurança batendo, o sorriso automático ao falar da pessoa. Aliás, parar de falar e pensar na pessoa é um grande desafio quando se está no começo de qualquer coisa.
Sim, eu falou 'qualquer coisa' porque não sei se posso denominar isso de relacionamento... Eu não sei o que temos, SE temos alguma coisa. 


E eu gosto justamente daquele que me deixa assim, nessa agonia.
Eu não opto por aquele que me quer, me bajula, me adora. Eu escolho aquele que me trata super bem, mas não me deixa numa zona de conforto. 

Gosto de ser instigada, de ficar na incerteza. 

É estranho, praticamente gosto de sofrer. 
Mas está sendo bom. Não quero apressar as coisas, quero tentar relaxar e deixar me levar.
Já passou da hora de gostar, e me deixar ser gostada. 


Sem medos, sem neuras, sem bobagens.
Se quebrar a cara ou o coração, a gente junta os caquinhos, cola, e depois vai à luta de novo. Porque assim que tem que ser.

Ninguém merece ser sozinho. 


Aquela liberdade.