quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

A Ana Que foi. A Ana que é. A Ana que vem.





Era outra vez.

Era outra vez aquela história que todo mundo acha que sabe, que acha batida, mas que na verdade sempre surpreende.

Nossos personagens principais dessa história são três meninas:
A Ana que foi. Ana que é e a Ana que vem.
São três Anas diferentes. Mas nem tão diferentes assim, porque uma não existe sem a outra. Nem a que vai ser, muito menos a que foi.

A Ana que foi era uma guriazinha dos cabelos esvoaçantes e cacheados. Desde sempre foi encantada por histórias, vivia em bibliotecas, gostava de ouvir, gostava de contar. Quando pequena, escrevia e apagava histórias. Contava pras bonecas, pros cachorros, irmãos mais novos, vizinhos periquitos e papagaios que encontrasse pelo caminho.

A Ana que foi, foi muito. Muito amada, muito briguenta, muito atrapalhada, muito entregue a tudo que fazia, muito determinada, muito reclamona, muito de opinião. Muito muito. No decorrer do tempo, foi também aprendendo. Porque foi passando de tempo em tempo, e o ir ensina, o ir amansa, o ir acalma. Ao longo de tantas idas, ela foi longe.

Tiveram alguns caminhos felizes, como o nascimento dos irmãos. A família cheia de primos, que possibilitava os sonhos e fantasias das idas e voltas. Tiveram os amores das mães, tios, tias, avós, amigos. Tiveram a descobertas de amizades verdadeiras, felicidades espontâneas e sem compromissos com o fim. Idas deliciosas durante tardes ensolaradas e floridas.

Mas também tiveram caminhos dolorosos e tortuosos.  Caminhos com perda de gente querida e especial, doenças que acarretaram na surdez moderada permanente da Ana que Foi, e violências. Violências físicas, violências psicológicas, violências estruturais.  Violências que nem ao menos sabia-se que eram formas de violência.

E a Ana que foi, continuou indo... e foi virando resiliente. Aprendeu a sofrer, aprendeu com o sofrimento, e o mais importante de tudo: aprendeu a dar um retorno em forma de amor à toda dor e sofrimento causada sem saber ao certo o motivo.

Eis então que a Ana que foi decidiu que seria assim. Amor não precisa de motivo. E por mais que tivesse sofrido, ela também tinha recebido muito amor ao longo da vida.
Então, a Ana continuou indo, criou um projeto social chamado Vagalumes, que atende a crianças carentes, há sete anos.  Foi por esse caminho que Ana decidiu trilhar. E agora, de tanto ir, a Ana é.

A Ana que é, é diferente da Ana que foi.
Mas a Ana que foi compõe parte essencial da Ana que é.

Ana que é traz ainda aquele ideal sonhador, que acredita na mudança da sociedade, que quer fazer alguma coisa eficaz pelas pessoas, que quer diminuir a dor de outras crianças que sofreram e sofrem tanto quanto a Ana que foi. A Ana que é tem os pés no chão. Mas não deixou de ter a cabeça nas nuvens. Porque a Ana que é acredita que a que foi sempre estará por perto, relembrando-a das necessidades e das belezas da vida.
A Ana que é, é altiva, é resiliente, é empatia, é se colocar no lugar do outro, é olhar com ternura, é colo pra acolher. Mas é também pulso firme, é furacão quando precisa, é saber se portar com firmeza, é saber o caminho que vai trilhar.

Não vou mentir não. Ana que é tem dúvidas e medos como todo mundo. Não tem vergonha de errar, muito menos de admitir seus erros.
Ana que é, foi fazer Direito. Não gostou, voltou atrás. E agora decidiu que é outra coisa.

Ana que é agora vai pra trilha do serviço social. Daqui a pouco, o pouco é relativo pra cada um, vira assistente social de verdade. Mas a trilha se ramificou, e a Ana que é, foi também pedagogia. É sim senhor. Ela relutou um pouco em aceitar o fato, mas a verdade é que ela sempre foi de criança. E ela sempre foi de ensinar. Agora tem que ser assim.

A Ana que é é cheia de coisa. Ela sempre inventa coisa pra fazer no seu tempo. Tem as faculdades ao mesmo tempo, tem pesquisa, tem curso de línguas, tem aulas pra dar, tem projeto pra cuidar, e agora tem história encantada pra contar.

Ufa! A Ana que é é muita coisa. As vezes ela precisa de uma ajudinha aqui, um empurrão ali, mas ela é assim, não consegue ficar muito tempo sem fazer nada. Tem que fazer tudo, bem feito, ao mesmo tempo. E é incrível, porque ela consegue.

A Ana que é tá no meio das duas faculdades. Mas os compromissos sociais dela sempre vêm em primeiro plano, porque a Ana que é não esquece da Ana que foi. E pra ser, precisa ser em conjunto, pra Ana que é ser, ela precisa do outro.

A Ana que vem tá próxima, muito próxima. Dentro de seis meses, posso te dizer que Ana que vem vai estar cheia de coisa pra contar, cheia de tarefa pra fazer e cheia de amor pra dar, cheia de coisa pra aprender, cheia de coisa pra ensinar. Porque a Ana que vem é aprendizado, é sagacidade, é vontade de crescer, é contribuição com a sociedade. É história sendo contada junto com quem já sabe contar. É humildade pra entender e conhecer. É cooperação com o história viva, é fidelidade à causa, é acreditar na causa. Porque a Ana que vem não esquece da Ana que é. Nem da Ana que foi.

Não tem como esquecer.

E daqui um ano, a Ana que vem vai estar mais cheia de coisa ainda. Na metade do curso de pedagogia, no fim do curso de serviço social. Dando carona pra 26ª turma do história viva, cuidando do vagalumes que vai estar encaminhado para virar ONG, cuidando dos irmãos que já estão grandes, amando as mães como elas são, seguindo os passos da religião escolhida. Quem sabe vá estudar fora, quem sabe vá ser presidente do centro acadêmico, quem sabe falando outra língua fluentemente, quem sabe compondo um tcc sobre a violência doméstica feminina e infantil.

Em cinco anos, meu deus, a Ana que vem foi longe, looonge demais... tão longe, que não se pode ver ao certo. Com sorte, ela vem estar formada nas duas faculdades, venha a estar trabalhando na secretaria de educação, venha fazer políticas sociais, venha a fazer um mestrado em direitos humanos, venha a palestrar pra mulheres sobre como elas devem ter autonomia e soberania sobre suas vidas, venha a discursar sobre violência, venha a aprender a perdoar os violentos, venha ser militante ativa, venha a ser mãe da Ana Terra e da Maria flor, venha a ter uma gata chamada Frida, venha a ter um amor pra chamar de seu, venha a efetivar o sonho da ONG dos vagalumes, mas principalmente, venha a fazer diferença nas histórias que serão contadas.
Porque a parte mais bonita da história é que ela pode ser o que você quiser.

Quem sabe ela comece com era outra vez...

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Texto escrito em meados de abril de 2015.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Das habilidades que o mundo sabe, essa é ainda a que faz melhor: Dar voltas. 

José Saramago. 

domingo, 6 de dezembro de 2015

Das reflexões cotidianas

Coleciono matchs. Likes. Combinações.
E desilusões.

Sobre a superficialidade das relações.
O que é um a mais na sua lista? Aquilo de fato soma algo pra você ?
Ou apenas cresce seu ego por saber que várias pessoas te desejam, mas você não significará nada para elas.

Meio louca essa relação de dominação.
Meio estranha essa nova forma de querer alguém
Nunca te vi. Mas desejo o que você aparenta ser.
Não sei quem você é. Mas também não quero saber muito mais do que o match trocado e o beijo dado.

As relações são superficiais. Você não precisa ser algo construtivo e diferente.
Basta você aparentar.

Você pode até ser legal. E se for, que sorte. Mas procura-se alguém apenas para aliviar a tensão acumulada.

Nessa sociedade do eu e meu umbigo, pouco sobra para que eu veja o outro. O outro serve apenas para me satisfazer. Nem que seja momentâneo. Afinal. Eu tenho meus planos, tenho minhas convicções,e nelas não têm espaço para uma segunda ideia ou vontade.

Esse like serve apenas para afirmar o que eu sempre soube. Que sou ótimo. Sou lindo. Todos me querem.

Mesmo que essas combinações jamais falem comigo.
Um dia, nem que por breves segundos, quando olhou meu perfil naquele catálogo humano, a pessoa me quis. Me desejou.

E nesse momento, eu cumpri meu objetivo.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Acho incrível ver pequenas manifestações espontâneas de amor.

É de encher o coração de esperança.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Sobre as dificuldades em viver.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Música de novela


To esperando você chegar
Depois do trabalho e do bar
Pra me explicar o que aconteceu com a gente
Você e eu
Tirar a gravata e me abraçar
Pedir desculpas no jantar
Fingindo que eu já perdoei até
O que eu não sei .

Desde quando minha presença
Já não faz diferença
Onde foi que eu me tornei alguma coisa
Entre sexo e distração ?

Eu sei, não é por mal, mas acontece toda hora
A gente acha normal, mas eu prefiro ir...embora

- lemoskine

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Escrever em épocas felizes: O maior dos desafios. 

Tão mais fácil escrever com o coração partido...

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

E assim...


Quando já não tinha espaço, pequena fui.
Onde a vida me cabia apertada. 
Em um canto qualquer acomodei
minha dança e os meus traços de chuva
E o que é estar em paz 
pra ser minha e assim ser sua
Quando já não procurava mais
pude enfim, nos olhos teus vestidos d'água
Me atirar tranquila daqui
lavar os degraus, os sonhos e as calçadas. 
E assim no teu corpo eu fui chuva
jeito bom de se encontrar
E assim no teu corpo eu fui chuva
jeito bom de se deixar viver, 


Quando eu fui chuva
Maria Gadú

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Sobre saquinhos de açúcar cristal.

Açúcar cristal é aquele açúcar teimoso. Perseverante.
Um suco de goiaba ficaria muito mais gostoso com açúcar refinado. Ou mascavo. Mas a vida te dá açúcar cristal.
É aquele adoçar comedido, devagar. Que não inunda de prazer a boca de quem bebe no primeiro gole.
É discreto.
Temos que esperar seu tempo ocioso de derreter, para surtir efeito.
Açúcar cristal não foi feito para apressados. Se você quer efeitos rápidos, desista. Tome sem açúcar, que a raiva será menor.

A beleza do açúcar cristal é justamente o deleite do último gole.

domingo, 16 de agosto de 2015







"Você é tão colorida. Tão alegre, tão pra cima. 
Ele é tão preto e branco, sem cor, sem graça. 
Ele já estava te deixando cinza. Você não merece isso."



quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Funciona assim: dói pra caramba.
Mas dói só uma vez. E logo passa.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Fodas

Talvez você não saiba o quanto foi foda aquela foda.
Você não tenha se dado conta que aquele momento, intenso pra mim, banal pra você, custou caro.
Custou uma emancipação singular.
Fez minha autonomia sobre meu corpo adquirir liberdade para o mundo.
Me concedeu mais que aceitação. Me concedeu poder. Eu pude ser o que eu queria ser, como quisesse.
Eu fui. Do jeito que sou e serei.
Mandei nos meus domínios, gozei a minha vontade.
Foder é um ato político.
E naquela porra, aquele dia eu mandei.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Sobre porquês

Aqui vai uma explicação óbvia do porquê da minha opção por Serviço Social e não Direito:

"Embora ambas atuem na perspectiva da garantia do direito, a Assistência Social busca empoderar os cidadãos e ampliar acessos, enquanto o Sistema de Justiça intervém e, necessariamente, decide."

Em: SUAS e sistema de justiça: interfaces e possibilidade para atuação integrada.
Denise Ratmann Arruda Colin

sexta-feira, 12 de junho de 2015

As vezes tudo o que eu queria era que alguém me abraçasse e falasse que tudo iria ficar bem.

Mas são duas coisas que não acontecem: o abraço e tudo ficar bem.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Cadeirando

Uma mania que eu tenho: não colocar as cadeiras rentes à mesa depois que sentei.
Deixo-as ali, a vontade, pelo meio do caminho. Como quem se oferece para uma breve conversinha ao pé do ouvido. Rapidinho. Para que prove rapidamente da sua presença.
Cadeira pelo meio do caminho me lembra algo a ser continuado. Inacabado. Como se aquela breve possibilidade de sentar-se ali pudesse fazer toda a diferença na vida de quem por ali passar...

terça-feira, 9 de junho de 2015

Somos quem podemos ser...





Ainda acredito que os bons são maioria.
Ainda tenho esperança que as coisas vão ficar bem.
Ainda sei que juntos podemos ir mais longe.
Não quero saber do que dizem os entendidos do sistema. Eu não quero fazer parte dele. Eu quero mudar tudo isso.
Eu quero acreditar em um mundo onde, mesmo com imperfeições, existam pessoas que mudam seus espaços.
Acreditar no poder do abraço. 
Na sinceridade de um sorriso, e estender a mão para desconhecidos.
Pequenas gentilezas mudam o dia das pessoas, porque não colocá-las em prática? 
Não quero ter que competir com o meu próximo, não quero fazer da outra mulher minha rival. 
Quero acolher a todos, quero um mundo melhor para todos, dentro da possibilidade de cada um. 
Quero a felicidade e a satisfação em cada pessoa, que elas façam sempre o melhor ao seu alcance. 
Meu maior sonho é que nossos medos nunca nos vençam. 

terça-feira, 19 de maio de 2015

Eu quero passar a tarde...








Estourar plástico bolha.
E ter ao seu alcance bolhas de champanhe perpassando pelas mãos
Sumindo por entre os dedos
Escapando
Dando a falsa sensação de liberdade 
A cada ar suprimido, pressionado
Em um último suspiro
Sendo livre para o espaço. 

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Revira-dor

Dor.
Decepção.
Confusão.
Tristeza. 
Insegurança. 
Dúvida.

Mas apesar de tudo. Amor. 
Amor é algo maior. Mas será mesmo? 
Afinal, o que vale para sobreviver ao amor. 
O que é permitido para estar no amor?

Quem dera ter o amor regras. 
Queria eu que tivesse lógica. 
Talvez pudesse ser imperceptível. 
Que fosse uma brisa batendo os cabelos no outono frio e ensolarado. 
E preenchendo todo aquele espaço inocupado 
Que um dia chamamos de coração. 

domingo, 26 de abril de 2015

Epitáfio

Já faz dias que estou para vir colocar isso aqui. 
Pois bem, como todos sabemos, um dia, morreremos.
E eu, como ótima virginiana que sou, metódica e perfeccionista, preparei uma lista de coisas pra esse acontecimento. 

1- exijo que, independente de como eu morrer, quero que meus órgãos vão para doação. Caso nada preste para alguém, doem para escolas de medicina que precisam de peças.

2- não quero ser cremada. Quero ser enterrada. MAS , em cima do meu tumulo quero uma árvore bem bonita, que dê flores várias vezes ao ano. Algo como ipê amarelo, cerejeira japonesa. Algo bem alegre. Sem árvore, sem enterro. Entenderam? Plantem a árvore pra que eu vire adubo, e preste pra algo, pelo menos depois de morta. 

3- no meu velório quero música. E das boas. Peguem meu iPod, coloquem no modo schuffle e morram rindo com o meu mau gosto musical. Música não fica boa sem cachaça. portanto, levem vinhos bons. Espero morrer no frio, ai tem pinhão nessa lista também.

4- quero que todos, todos que forem lá ver esse corpitcho esticado, se digne a dar um depoimento sobre algo nosso. Afinal, o que o levou ali? Porque cargas foi ver um corpo fedorento? O mísero do motivo deve ter. Compartilhe com as pessoas ao seu redor. E comigo também. Com toda a certeza estarei ouvindo de algum lugar. 

5- quero que façam uma despedida umbandistica. Lembram que falei da música? Levem atabaques. Preencham aquele vazio mórbido com os sons lindos da percussão. 

E avisem a todos. Gosto de pessoas, gosto de estar entre as pessoas, gosto de falar com as pessoas. Não façam dessa data um luto, independente do motivo da morte. Quero alegria, hoje é sempre. Com boas doses de resmungos e reclamações. Senão, não serei eu. 

No "in memorian ", coloquem a frase que até lá pretendo ter tatuado: que nada nos defina. Que nada nos limite. Que a nossa liberdade seja nossa própria substância. - Simone linda de Beauvoir. Porque é isso que sou, livre.

Agora... Vamos aproveitar a vida, porque eu realmente espero demorar pra morrer.

Transporte

Estava pensando sobre o fato de não escrever com tanta frequência. 
Descubro que não sou eu quem publico minhas ideias, são elas que me usam para serem expressadas.




sexta-feira, 17 de abril de 2015

Apesar dos pesares

Contrariar as Contrariedades

Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora da minha própria vida. 

Clarice Lispector, in 'Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres'

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Dia a dia

Decidi ser assim.
Agradecer aqueles que vivem comigo, ser grata pelas coisas materiais e imateriais da minha vida, viver de maneira mais leve e completa. 
Mas decidi também não esquentar com aqueles que não me dão bola. Amor não se mendiga. Amizade também não. 
Quero bem a todos, embora muitos me critiquem por isso. Desejo as mesmas coisas que desejo a mim, ao próximo. Para mim não faz sentido ser diferente. 
Se quero um mundo melhor, a mudança necessariamente tem que partir primeiramente de mim. Eu preciso acreditar, viver, ser essa mudança. 
É difícil? Sim, é difícil. Diariamente eu batalho para não ser mais azeda do que sou. Diariamente preciso me centrar pra não julgar o outro conforme minha ótica. É todo dia. 
Mas o resultado vale a pena. Ainda bem. 

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Perseverança diária.

Tudo nessa vida deve ser feito com amor.

Coloque amor em todos os seus atos, e você será uma pessoa muito mais feliz, muito mais grata, muito mais completa.

O amor é algo inacreditável. Ele te faz ver o mundo de uma maneira completamente diferente. Você passa a ter mais carinho com os outros, mais compreensão com o próximo, sua vida passa a ter mais sentido, dando-lhe aquela deliciosa sensação de completude.

Quando digo coloque amor nos teus atos, me refiro a tudo. Tudo mesmo. Acorde com mais amor no coração, viva com mais amor, dê amor ao próximo. O amor não é um sentimento que nasce involuntariamente. Ele deve ser praticado em todos os momentos.

Não é fácil ter um amor assim. Não é fácil perseverar no amor visto que as adversidades da vida são complexas e complicadas. Existem dias que você não tem inspiração, nem motivação.

Mas é nesse dia, nessa hora que você precisa superar-se. E dar mais amor, inclusive a si mesmo.

Deixe as brigas pra um dia que não chegue nunca. Tire o amargor do seu coração. Temos a opção, todos os dias, de sermos felizes.

Temos a opção de emanarmos amor.

Travemos uma batalha silenciosa conosco, e procuremos viver, ser, ofertar apenas coisas boas.

Sejamos todos amor em movimento.

_
Escrito por mim, na página do facebook. Num momento de inspiração transbordando amor.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Sobre bostas e felicidade

Hoje estava vendo algumas fotos da minha cunhada, e havia uma foto linda, com muitos Penguins. Então observo um comentário "muita bosta no chão".

Aquilo me incomodou.
Me deixou realmente encucada.
Porque, como pode alguém ver umas fotos lindas, cheias de natureza e felicidade, e se preocupar com a bosta?
O quão infeliz tem que ser a pessoa, pra ignorar todo o contexto e focar só no detalhe fedido? Nem vou falar que é ruim o detalhe, porque provavelmente aquilo esteja em um equilíbrio harmonioso com o habitat. 

Mas então fiquei refletindo: realmente, cada um vê aquilo que traz dentro de si.
Uma pessoa alegre e de bem com a vida vai ver as coisas bonitas do lugar. 
Aqueles que não se importam tanto com a sua volta, e só olham pro chão, conseguirão apenas ver as bostas. 

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O que carrego



"É  que mais tem chão nos meus olhos
Do que cansaço nas minhas pernas,
Mais esperança nos meus passos
do que tristeza nos meus ombros, 
Mais estrada no meu coração
do que medo na minha cabeça."



Cora Coralina.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Porque sim. Porque Sempre.

Quem diria.

O foco era outro. Mas hoje quem saiu ajudada fui eu.
Entre tantas indecisões e dores da vida, ouvi algumas verdades que eu já sabia, mas que vi de maneira diferente quando você falou.

É bem verdade quando dizem que o sofrimento é opcional. Mas a grande questão é: Como não sofrer? Especialmente quando se trata de alguém que te causa sofrimento.
Você me decifrou com uma naturalidade espantosa.

"Seja a Ana que todos sabem que você é, e que só muda quando está com ele".
Trata-se de uma redução de danos.
Ele nunca será como eu pretendo que seja. Eu nunca serei como ele pretende que eu seja. Pra que brigar, pra que sofrer?
Pra que viver num passado, falando do passado, desenterrando coisas que não serão resolvidas?

Ok. Mas, como seguir em frente? Como enfrente?

Devemos entender que cada um dá o que pode.
E você se torna responsável pela expectativa que cria.
Mas fazer o que com toda essa confusão no peito? Passar por cima?

Vou escrever pra ele. Vou explicar o que sinto. Vou desenhar. Expor. Rasgar a ferida.
E aí? O que vai acontecer depois disso?
Magicamente tudo vai se resolver?

Trata-se de não pedir mais. Não sofrer por não ter mais.
Ficar feliz com o pouco que te é oferecido. Porque na verdade, você não o aceita como ele é. Você não o compreende verdadeiramente. Você não aceita o que ele não pode te dar.

E precisou uma pessoa de fora vir te falar tudo isso?

É, precisou. Precisou doer. Precisou sofrer. Precisou dramatizar.
Conta pra ele tudo o que você sente. Conta tudo o que doeu. Pra depois, nunca mais ter que falar sobre essa dor. Pra poder escolher ser feliz. Pra poder perdoar de verdade.
Pra poder se perdoar e se entender.
Porque o problema não tá nele. Tá em você, que não aceita como ele é. Porque?
Porque buscar uma idealização? O que você não entende? O que você não quer ver? o que você resiste, reluta em aceitar?

Você pode optar por sofrer ou não. Porque escolhe sempre o caminho da dor?
No fundo, você é igual a ele? Dramatiza tudo. Faz-se mártir do mundo.
Você que opta por carregar o que não consegue, e o que não cabe no bolso, nem no peito.