quarta-feira, 24 de abril de 2013

23/04/13

Uma estrela clareou o mundo inteiro, meu pai. Uma estrela tomou conta do Congá.

Enfim, depois de anos esperando essa sensação, eu finalmente a provei.
Entrei para a gira.
E foi tudo tão lindo quando eu sempre pensei.

A vibração, o axé, o amor me inundando e eu me sentido completa, finalmente, fazendo parte de tudo.
Eu me descobri.
É isso que eu quero pra minha vida. Quero sentir isso para sempre. Amor na sua qualidade mais pura, você sabe que aquilo é de verdade, e é aquilo que te movimenta.

Hoje vou dormir extasiada, completa.
Porque hoje começou um novo tempo na minha vida.


Saravá, meus Orixás.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Mais e Menos




a.fi.ni.da.de
1. Atração ou gosto natural por uma pessoa, coisa ou ideia
2. Relação por casamento ou por meios outros que o sangue
3. Semelhança ou concordância inerentes ou próximas

Afinidade é algo maior do que uma simples ligação sanguínea. Não é apenas uma relação de convivência por obrigação.
Afinidade é aquilo que acontece pelo simples fato de existir. Aquele momento que você ri com a pessoa sem pedir nada em troca, quando os olhares se cruzam, e você sabe exatamente o que se passa com a outra, sem a necessidade de palavras, gestos ou demonstrações.

Afinidade não requer os mesmos gostos, as mesmas opiniões. A afinidade busca a essência. Tudo bem você gostar de azul e eu de vermelho. Você de cabelo liso, e eu de cabelo crespo. Tudo bem, afinal, o que nos une é muito maior do que isso. Afinidade é sinergia, é encontro de almas.

A afinidade acontece, como diria o poeta: “Afinidade acontece entre seres humanos. A mesma frase dita ao mesmo tempo, o diálogo mudo dos olhares e a certeza das semelhanças.” Um sentimento de cumplicidade que advém não se sabe da onde, nem por qual motivo. Mas se sente numa intensidade gostosa, que te preenche de maneira igual, dando a deliciosa sensação de que você não estará sozinha, independente do que acontecer.

Afinidade entre irmãos é comum. Afinal, o cotidiano, as relações diárias acabam gerando essa compatibilidade de gostos e respeito mútuo.
E veja só, que beleza de contradição. Nós, mesmo sem convivermos diariamente nos descobrimos uma na outra. Apesar da distância, apesar da diferença de idade, apesar de todos os pesares, nós somos assim, cara de uma e focinho da outra.

E não nos bastou sermos filhas do mesmo pai e da mesma mãe. Não nos bastou sermos parecidíssimas. Não era o suficiente. Fomos além! Somos irmãs de cabeça, filhas de Iemanjá com Ogum, unidas por um elo muito maior, que nem nós conseguimos imaginar o que isso signifique.

E então, aos poucos, as coisas começam a fazer um sentido especial. Eu sei que você está comigo, e não é apenas dessa vida. Nos cruzamos sabe Deus há quantas encarnações. E como é bom saber que tenho comigo você sempre ao meu lado.

Afinidade é ver no seu semelhante um referencial, e mais do que tudo, um porto seguro. Hoje é dia de agradecer por Deus ter colocado no meu caminho a minha irmãzinha mais nova, que me enche de orgulho e alegria, todos os dias.

Eu te amo, minha pequenininha. 

Leminski sabia das coisas...


Madrugadas produtivas.

Confusões da madrugada.
Então você conversando com uma amiga, conclui que desaprendeu a amar. Simples assim.

Desaprendeu de se deixar gostar.
Paixões arrebatadoras, que te fazem sofrer, chorar e suspirar, não passam pela tua porta nem sequer por um breve instante.
Aquela coisa maluca, de quinze anos, sabe? Que você gosta de suspirar pela maneira com a qual o menino sorriu de canto pra você. Essas coisas.
Essas coisas, que você não sente faz um tempão.

Tenho uma amiga, que consegue, mesmo com 24 anos na cara, viver e sofrer tudo isso, cada vez que se apaixona por um menino novo. E mais: ela consegue se apaixonar com frequência!
COMO ELA CONSEGUE? Sério! Eu a invejo de todo o meu coração, porque não consigo mais sentir isso. Há tempos!

Rememorando os fatos acontecidos, tento ver em que parte da minha vida eu me fechei pro mundo.
E, confesso, eu sei bem onde foi. Sei sim, naquele exato instante em que ele levantou da minha cama, e saiu porta afora.


Preciso mudar  a pergunta.
O foco agora é: Como fazer pra colar um coração partido e seus cacos recolhidos há tanto tempo?
Será que um dia volta a ser como foi outrora?

Ainda busco aquele suspiro...