sábado, 8 de agosto de 2020

Queixa

 Um amor assim delicado

Você pega e despreza
Não devia ter despertado
Ajoelha e não reza
Dessa coisa que mete medo
Pela sua grandeza
Não sou o único culpado
Disso eu tenho a certeza
Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora me diga aonde eu vou
Senhora, serpente, princesa
Um amor assim violento
Quando torna-se mágoa
É o avesso de um sentimento
Oceano sem água
Ondas, desejos de vingança
Nessa desnatureza
Batem forte sem esperança
Contra a tua dureza
Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora me diga aonde eu vou
Senhora, serpente, princesa
Um amor assim delicado
Nenhum homem daria
Talvez tenha sido pecado
Apostar na alegria
Você pensa que eu tenho tudo
E vazio me deixa
Mas Deus não quer que eu fique mudo
E eu te grito essa queixa
Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora me diga aonde eu vou
Amiga, me diga

- Caê

Você ainda quer dançar comigo?

 Um girassol da cor do seu cabelo... 

Acho que essa é uma das músicas mais doloridas que conheço. 

Hoje eu chorei por causa de uma objetificação. Na verdade, foi a segunda. Feita pela mesma pessoa em um curto espaço de tempo. 

Prometi a mim mesma: Não haverá outra vez. Não quero sentir de novo essa tristeza. 


"Você é maravilhosa, compreensiva, engraçada! Você conquista as pessoas, e você ama as pessoas, você faz as pessoas se sentirem queridas e amadas."

Eu não quero perder isso. 
Eu quero continuar sendo essa pessoa. E quero que os outros continuem me vendo assim. 


"Amiga, você vai. Você vai encontrar alguém sim, mas você precisa encontrar alguém que queira ser amado.

Porque a questão é que você ama muito, e nem todo mundo sabe ser amado."



quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Fui indo.

Descobri um padrão. 
Me afasto para não doer. 
Quando algo me provoca uma dor tão grande, eu fujo. 
Não argumento, não brigo. 
Eu simplesmente vou. 
Para evitar aquela dor de novo, eu pego minhas coisas e me vou. 
Mesmo que eu morra de dor de saudade. 
Mesmo que eu fique muito triste com a distância. 
A minha mágoa, a minha dor, não me permitem ficar perto. 

E eu sei que não é resolutivo. 
Mas é auto protetivo. 
Faço isso pra não doer. 
Faz parte do meu processo. 

É assim sempre. 
Com meu pai. Com minha mãe. Com quem está ao meu redor. 
Minha concha dói menos. Ali dentro eu já conheço. 

A ideia é melhorar isso
Passo a passo...