quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Existem certas atitudes na vida que você se esforça para não hiper valorizar. 
Mas às vezes acaba sendo mais forte que você. 

Você tenta continuar vivendo mesmo sabendo que aquilo não significa nada na sua vida. Mas em um dado momento, você se pega chateado pelos acontecimentos. E é absurdo, porque você já sabia, você entende que aquilo já era esperado que acontecesse. 

Mas incomoda. 

terça-feira, 29 de outubro de 2013

- E amor? Quando foi a última vez que te trataram com amor?
- ...

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Crônicas diárias



Entre um cigarro ou outro você percebe que já não tem mais paciência Pr'aquelas baladas de antigamente.
Que seu rosto já não carrega mais aquele frescor da juventude, e tuas pernas já não aguentam tantas horas em pé. 
Você começa a preferir ficar em casa comendo uma pizza, tomando um vinho e rindo com os amigos do que se arrumar e ficar na caça (arriscando sair no zero a zero, o que é pior). 

Você se pega ouvindo rádios que tocam músicas mais calmas, com aquele ar de nostalgia. 
Começa a pensar que já ta na hora de se aquietar e arranjar um homem pra casar e ter filhos.
Preocupa-se com a demora pra se formar, e a falta de um emprego com determinada estabilidade e carteira assinada. 

De fato, a vida passa num piscar de olhos, e como diz uma amiga "só não vai quem já morreu". 
Essas incógnitas viriam à tona mais hora menos hora.
Mas talvez ainda seja cedo pra esses desesperos de vida medíocre. 

Aí você acorda e percebe que ta perdendo tempo demais. 
Bora pra luta

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Você é uma delas. Perfeccionista, sim, e ao extremo. 
Perfeita, não, e eu agradeço. 
Os astrólogos também dizem que você é corajosa, tem senso de responsabilidade e uma ansiedade incontrolável, porém maquiada. 
Dizem que você é forte por fora e se morde por dentro, que você é crítica e não gosta de demonstrações dramáticas de amor ou aquelas promessas sentimentais exageradas – sejam elas quais forem. 
Dizem ainda que você tem a mente pura, mas não é ingênua; tem os gestos calculados, mas não é fria; e até nas brigas mais indelicadas, prefere resolver tudo no tato, no ato, com a delicadeza nata que os astros naquele mês de setembro, de um ano que eu prefiro preservar, fizeram nascer em você. 
É isso que os astrólogos dizem. 
E deve ser por isso que eu também te amo. 
Por você não se cegar facilmente por qualquer amor. 
Por você ser terrivelmente prática e ao mesmo tempo divinamente romântica, mesmo sem conseguir demonstrar sempre o que realmente sente por dentro: e, às vezes, parecer fria: mas eu sei que é delicada e quente. 
Por você conseguir enxergar uma lógica em tudo – até mesmo nas paixões mais confusas. 
Por você saber sofrer calada e ao mesmo tempo não gostar de chorar essas lágrimas por muito tempo. 
Enfim: por você existir. Os astrólogos se calam. Agora quem fala é a poesia. 

[Para você que nasceu em setembro; antônio]

terça-feira, 24 de setembro de 2013


"Quando finalmente for
Da distância entre nós dois
Ser mais que ar, que fé, que pó e calor
O seu cheiro é meu suor
O seu gosto vem me despertar, me cobre de cor
Meu contorno sei de cor
O seu choro vem me confortar, lavar essa dor"

Móveis Coloniais de Acaju - Sede de Chuva

As eminências do talvez.


Se existe crise após os 20 anos, eu me encontro nela.
Me vejo com os meus recém completos 23 anos, e já me pego maluca.
Fico desesperada pensando que não vou nunca ser gente grande, de verdade, sabe?
Me acho imatura, infantil, dependente.
É engraçado, porque as pessoas geralmente dizem que não aparento tamanho 'problema'. Mas a minha análise é essa.
Me sinto uma bobona.

Fico perguntando: Quando que vou criar coragem pra romper com isso?
As minhas queridas entidades já me disseram o que eu devo fazer. Mas eu confesso que sinto medo. Ao mesmo tempo que sinto uma insatisfação por estar nesse lenga lenga eterno, sinto medo de crescer.
Não sei explicar ao certo.

É meio óbvio que ninguém quer sair da sua zona de conforto. Afinal, viver na sua bolha é muito mais legal e cômodo.
Mas fico pensando que a vida não é esse quarto bonito que eu tenho. Não só ele, pelo menos.
E tá na hora de criar vergonha na cara.
Sinceramente não sei dizer o que me impede, o que me segura.

Talvez uma terapia me ajudasse com esse dilema.
Às vezes acho que minha vida é pacata demais. Sabe, aquela coisinha inatingível? Tá meio monótono.
Não sei. Perfeitinha demais.
E eu sei que quando isso mudar, eu vou me xingar muito por estar reclamando disso.

Não sei.
Talvez seja realmente a hora de crescer, e eu só esteja adiando isso, como sempre fiz.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

As mazelas do coração.

Talvez tenha que ser assim mesmo. 
Cada um pra um lado. Sem essa interferência massiva e essa tentativa falha de 'Sermos Amigos'. Não haverá amizade.
Não há como existir a amizade depois de um relacionamento, se ela não estava presente antes dele começar. 

Existem coisas que têm começo, meio e fim. E ponto. Não adianta querer ficar postergando. Quando é pra acabar tem que ter peito de falar 'Acabou, foi bom, mas acabou.' E acabar com aquilo DE FATO. 
Nunca fui muito boa em dar um fim nas coisas da vida. Especialmente em relacionamentos. Mas isso já é questão de autopreservação. 
Você foi um período bom na minha vida. Como disse o Cigano Ramon "Melhor ter a cama quente por um tempo, do que sempre fria". E foi assim! Você viveu, cresceu, me ensinou, e morreu na minha história. 
Agora cabe a mim conseguir absorver isso, mais rápido do que a outra vez, por favor. 
Sem raiva, sem rancor, sem atribuir culpas a ninguém. Apenas entender que assim que funcionam as coisas. 
Foco, Aninha. Foco. 

"'I miss you', he admitted 
'I'm here', she said
Thats when I miss you most, when you're here. When you aren't here. When you're just a ghost of the past or a dream for another life its easier then."

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A falta da Umbanda.

Preciso dizer que fiquei chateada com esse novo horário da faculdade. 
Ao mesmo tempo que eu estava ansiosíssima com a novidade de começar as aulas, fiquei triste por abrir mão de algo que me faz tão bem.
Ficar sem ir ao terreiro me deixou com o coração apertadinho. 

Hoje estava lembrando o quanto eu aprendo dia após dia com as entidades, especialmente com as que eu camboneio. 
Lembrei de uma história que uma delas me contou. A respeito de uma cigana. 

Dizem que o segredo dos amores ciganos se dão justamente porque eles não espalham aos ventos a existência dos mesmos. Uma cigana pode ter acabado de beijar seu amor, mas ao virar a esquina, se alguém lhe perguntar a respeito dos amores, ela se lamentará. Dirá que não tem nenhum, que a vida está difícil nesse aspecto. 

Talvez eu tenha muito o que aprender com essa historinha, pois cultivo a péssima mania de falar aos sete ventos os meus êxitos amorosos. E não é difícil que eles não deem certo. 
Como dizem: "Boca fechada não entra mosca". 

Sabedoria Cigana 

quinta-feira, 1 de agosto de 2013


Amor, Livre?

"No amor livre, as pessoas possuem a liberdade de se relacionar com quem quiser. Defendem o direito de manter relações amorosas livres de controle de regras ou leis sociais."

Assim que dou a introdução pra esse post. 

Funciona assim: Um belo dia você conhece uma pessoa fodasticamente foda. Aquelas que, quando você conhece, você já sabe que vai se apaixonar. Aí ela te diz que pode amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo. 
Como isso, meu deus? Libertinagem agora?
É isso mesmo. Amar mais de um. Porque você não pode ser egoísta em querer a pessoa só pra si. Afinal, cada pessoa é única. Cada um tem as suas belezas e encantos. Porque se fixar numa só? 

Pera, pera, pera. Deixa ver se entendi: Você tá me dizendo que pode me amar, integralmente, como nunca ninguém me amou. Mas também pode amar outras pessoas?
E tudo isso, com o consentimento de ambos?

Só consigo pensar que: Não dará certo. Pelo simples fato de que sou uma louca, psicótica, desvairada e ciumenta.
Aí, eu começo a ler na internet a respeito. Começo a me inteirar, pelo menos um pouco, por cima do assunto e... Começo a gostar do que estou vendo! 

Sim, é isso mesmo.
Não se pratica o desapego com tudo na vida? Então, vou começar a praticar o desapego no amor. Me deixar ser amada, e amar, sem pedir, sem querer retorno, sem noiar. 

Já vejo aqueles dizendo "Impossível, você é louca demais".
Talvez vocês tenham razão. Talvez eu de fato seja. 

Mas preciso dizer que admirei muito a condição daquela pessoa realmente feliz, ao me contar sobre a beleza de se deixar envolver assim. Aquela ausência de carga opressora, sem noias nem desesperos. Afinal, o amor vai existir. Para vários, não para um só.
E você vai poder retribuir assim. 

Eu sei, não será fácil. Porque o modelo de amor imposto na nossa sociedade é muito severo. Você é obrigado a encontrar a sua metade da laranja. Se você não vier a encontrar alguém exatamente do jeito que você quer/precisa/sonha, você não vai ser feliz. 
Pois bem, opto então por não encontrar um,  e sim vários. A questão não é ter um relacionamento 'sério'. A questão é ter um relacionamento sincero. 


Pra quem quiser se inteirar mais a respeito do Amor Livre, Relacionamento Aberto, Poliamor e afins, tem um textinho que gostei bastante aqui. ;)
Vamos deixar de sermos tão egoístas e mesquinhos. Vamos amar mais. 

sábado, 27 de julho de 2013

- O relatório diz que o comandante Chang foi morto no ataque
- Está correto
- Você diria que o amava?
- Sim, eu o amo.
- Você quer dizer que ainda o ama?
- Eu quero dizer que sempre amarei. Nossas vidas não são nossas. Do nascimento à morte estamos ligados a outras pessoas, no passado e no presente. E de cada crime e de cada gesto generoso nosso nasce nosso futuro.
- Em sua revelação, você falou das consequências da vida de alguém fazendo-se sentir por toda a eternidade. Isso significa que acredita na vida após a morte? Em paraíso ou inferno?
- Acredito que a morte seja apenas uma porta. Quando ela se fecha, outra abre. Se eu for pensar no paraíso eu pensaria numa porta se abrindo e atrás dela eu o encontraria lá, esperando por mim.

A Viagem.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Script




Devo lhe dizer que a vida é curta
que eu amei você e amei sem culpa.

Devo lhe dizer que a minha cura:
É você meu bem...

Devo, posso, quero sentir essa sensação de ter você na minha história
Roteiro do meu gibi
Revelado no meu álbum, rascunhado no meu peito.

Rabiscado nesse script
Agora já estamos quites já não ha limites, não tem bem nem mal.

Agora já não é o final
E você meu bem vai querer também estrelar o meu filme

Devo lhe dizer que a vida é um curta
eu filmei você e foi sem censura
Devo lhe dizer que a minha cura é você meu bem...

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Aquela dependência.

Aprendendo a lidar com sentimentos variados.
Mas principalmente, aprendendo a lidar comigo mesma... 


Com o decorrer do tempo eu descobri que não sei ficar sozinha. Cobro muito dos outros, com ciúmes, com possessividade. Eu realmente fico chateada caso alguém não queira me ver, ou então sair comigo. 
Uma necessidade absurda que eu tenho de que esse alguém me queira por perto. 

Invejo aquelas pessoas que conseguem fazer várias coisas sozinhas. Sabe, autossuficiência? Vão a qualquer lugar assim, sem depender de companhia, porque se sentem bem acompanhadas sozinhas. 

Eu queria muito ser assim. 

Jamais conseguiria passar uma tarde inteira sob minha companhia. Que tristeza.
Quando passo, é dentro do meu quarto. 

Nem mesmo leituras consigo mais me curtir. 
Em que momento eu fiquei tão dependente dos outros assim?

Na minha resolução do começo do ano existirá: Ser mais independente dos outros, e mais dependente de mim mesma.  

Só um desabafinho mesmo.

segunda-feira, 1 de julho de 2013


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"As coisas só começam a fluir quando a gente permite que isso aconteça. Eu to confiando em mim de novo, me permitindo, porque sei que posso muito, mereço muito! E como é bom eu finalmente ter me dado essa segunda chance, depois de ter dado tantas pra quem nem valia a pena."

- Tati Bernardi

Se não pode se vestir com os nossos sonhos, não fale em nosso nome.

"Que tempos são esses que temos que defender o óbvio?"


Há tempo de somar
e hora de dividir.
Há tempo de esperar
E tempo de decidir.
Tempos de resistir
Tempos de explodir.
Tempos de criar asas, romper cascas
Porque é tempo de partir.
Partir partidos,
Parir futuros,
Partilhar amanheceres
Há tanto tempo esquecidos.
Lá no passado tínhamos um futuro
Lá no futuro temos um presente
Pronto para nascer
Só esperando você se decidir
Porque são tempos de decidir,
Dissidiar, dissuadir,
Tempos de dizer:
Não mais em nosso nome!
Se não pode se vestir com os nossos sonhos
Não fale em nosso nome.
Não mais construir casas para que os ricos morem.
Não mais fazer o pão que o explorador come.
Não mais em nosso nome!
Não mais nosso suor, teu descanso.
Não mais o nosso sangue, tua vida.
Não mais nossa miséria, tua riqueza.
Tempos de dizer
Que não são tempos de Calar
Diante da mentira e da injustiça
É tempo de lutar
É tempo de festa, de cantar
As velhas canções e as que ainda vamos inventar
Tempos de criar, tempos de escolher
Tempos de plantar os tempos que iremos colher.
É tempo de darmos nome aos bois,
De levantar a cabeça
Acima da boiada,
Porque é tempo de tudo ou nada
É tempo de rebeldia
São tempos de rebelião
É tempo de dissidência
Já é tempo de os corações pularem fora do peito
Em passeata, em multidão.
Porque é tempo de dissidência
É tempo de revolução.

Ponderações.


Fazia tanto tempo que eu não sentia essas borboletas no estômago.
Que eu não sentia esse medo de me perder nesse sentimento. 

Que eu não ficava desesperada por não ter o controle da situação, e não domar o que eu sinto... 

Confesso que é bastante desesperador, pra mim, assumir que eu to gostando de alguém.
Principalmente pelo fato que eu nunca tenho certeza de nada. Eu não posso afirmar: Sim, estou amando. Mas está sendo bom, sabe como? 

Aquela insegurança batendo, o sorriso automático ao falar da pessoa. Aliás, parar de falar e pensar na pessoa é um grande desafio quando se está no começo de qualquer coisa.
Sim, eu falou 'qualquer coisa' porque não sei se posso denominar isso de relacionamento... Eu não sei o que temos, SE temos alguma coisa. 


E eu gosto justamente daquele que me deixa assim, nessa agonia.
Eu não opto por aquele que me quer, me bajula, me adora. Eu escolho aquele que me trata super bem, mas não me deixa numa zona de conforto. 

Gosto de ser instigada, de ficar na incerteza. 

É estranho, praticamente gosto de sofrer. 
Mas está sendo bom. Não quero apressar as coisas, quero tentar relaxar e deixar me levar.
Já passou da hora de gostar, e me deixar ser gostada. 


Sem medos, sem neuras, sem bobagens.
Se quebrar a cara ou o coração, a gente junta os caquinhos, cola, e depois vai à luta de novo. Porque assim que tem que ser.

Ninguém merece ser sozinho. 


Aquela liberdade.


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Sutil

Aquela linha tênue que separa uma grande amizade dum grande sentimento de posse.
Ela é fina e imperceptível como um fio de nylon, que ao tentar ser rompido fere os dedos de quem o forçou.

Reflexivo.

domingo, 9 de junho de 2013

Só pra você saber...

As mudanças são malucas. 
Sabe, uma intensidade estranha. De repente, você muda a opinião e tudo fica assim, tão diferente. 
E elas vão chegando uma por cima da outra, com você sentindo tudo ao mesmo tempo, e não conseguindo entender o que está sentindo.
Você se vê no meio dum turbilhão de vida, de ânsia de viver. 
E ao mesmo tempo, bate aquele desespero, porque você não consegue por ordem em nada. Tudo fica fora do lugar, você não consegue decifrar aquele nó no peito. 

Eu sei que depois da tempestade vem a calmaria.
Estou esperando pacientemente ela chegar...

sexta-feira, 7 de junho de 2013

No Pranto

Não tentes consolar o desgraçado
Que choras amargamente a sorte má
Se o tirares por fim do seu estado
Que outra consolação o restará...

- Mário Quintana -

segunda-feira, 3 de junho de 2013

L'amour ça ne va pas



"L'amour j'en veux pas
J'préfère de temps en temps 
J'préfère le goût du vent
Le goût étrange et doux de la peau de mes amants 
Mais l'amour, pas vraiment!"

sábado, 1 de junho de 2013

Cotidiano boboca.

Tendo um dedo de prosa com a minha mãe:

- Ana Caroline, você precisa de um namorado! 
- Como se eu não soubesse, mãe. Mas eu quero alguém pra poder discutir filmes Argentinos, que goste de música francesa, que seja romântico e aprecie bons vinhos! Não quero qualquer um...
- Esse é um amigo gay, Ana. Homem é aquilo ali (e aponta para o meu padrasto metaleiro, barbudo, gordinho e cabeludo que no momento estava tomando uma cerveja e cuidando da churrasqueira).


Sabe, eu desisto, viu Deus!

O resto da vida!


Mais uma de tantas paixões.


Era carnaval, ficamos naquela euforia maluca. Nada além de cachaça na cabeça.
Você sentou na minha canga enquanto rolava uma tentativa de luau, e eu ria das piadas sem graça que você fazia, e da tua facilidade em perder os chinelos.

Depois de algumas notas mal tocadas no violão, e aquela visão embaçada de porre, eis que amanhece o dia seguinte com um toque diferente na minha bolsa. Me deparo então com um celular que não é meu.
Mas já é dia, e eu já estou no ônibus rumo a Curitiba.
Combino com a tua mãe de te devolver o aparelho na semana seguinte, porque pra minha sorte, você mora lá.

Na data combinada, lá vou eu te devolver.
Situação inusitada essa nossa. Um começo digno de filme, eu diria.
E com isso, voltamos a ficar. Não é que o amor de verão subiu a serra?!

Àquelas terças feiras estendidas, aproveitadas no cinema. Foram dois meses, deliciosos.
Sem cobranças, sem perturbações. Amigos com benefícios, era o que éramos. E era tão bom!

A separação veio da mesma maneira que veio a junção. A Federal entrou em greve, e você voltou pra casa. Nosso pequeno relacionamento não aguentou quatro meses de ausência. Acabamo-nos. Assim, sem mais nem meio mais.

Ao te reencontrar naquele ponto de ônibus foi como se eu fosse teletransportada para aquele momento onde paramos. O teu sorriso bobo enquanto se abaixava na janela e pedia licença pra entrar no carro, seguido daquele teu cabelo despenteado e um comentário tosco para descontrair.

Então me lembro: como tua companhia era boa! Que pena que não demos certo juntos.
Me deu uma saudade danada daqueles tempos antigos.

Costumo achar que tudo tem um porque de acontecer e deixar de acontecer. E acho que no fundo, motivo deve haver por você ter ressurgido assim na minha vida novamente.
Espero poder tropeçar contigo mais vezes por esses dias. E, porque não, como antigamente?

quarta-feira, 24 de abril de 2013

23/04/13

Uma estrela clareou o mundo inteiro, meu pai. Uma estrela tomou conta do Congá.

Enfim, depois de anos esperando essa sensação, eu finalmente a provei.
Entrei para a gira.
E foi tudo tão lindo quando eu sempre pensei.

A vibração, o axé, o amor me inundando e eu me sentido completa, finalmente, fazendo parte de tudo.
Eu me descobri.
É isso que eu quero pra minha vida. Quero sentir isso para sempre. Amor na sua qualidade mais pura, você sabe que aquilo é de verdade, e é aquilo que te movimenta.

Hoje vou dormir extasiada, completa.
Porque hoje começou um novo tempo na minha vida.


Saravá, meus Orixás.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Mais e Menos




a.fi.ni.da.de
1. Atração ou gosto natural por uma pessoa, coisa ou ideia
2. Relação por casamento ou por meios outros que o sangue
3. Semelhança ou concordância inerentes ou próximas

Afinidade é algo maior do que uma simples ligação sanguínea. Não é apenas uma relação de convivência por obrigação.
Afinidade é aquilo que acontece pelo simples fato de existir. Aquele momento que você ri com a pessoa sem pedir nada em troca, quando os olhares se cruzam, e você sabe exatamente o que se passa com a outra, sem a necessidade de palavras, gestos ou demonstrações.

Afinidade não requer os mesmos gostos, as mesmas opiniões. A afinidade busca a essência. Tudo bem você gostar de azul e eu de vermelho. Você de cabelo liso, e eu de cabelo crespo. Tudo bem, afinal, o que nos une é muito maior do que isso. Afinidade é sinergia, é encontro de almas.

A afinidade acontece, como diria o poeta: “Afinidade acontece entre seres humanos. A mesma frase dita ao mesmo tempo, o diálogo mudo dos olhares e a certeza das semelhanças.” Um sentimento de cumplicidade que advém não se sabe da onde, nem por qual motivo. Mas se sente numa intensidade gostosa, que te preenche de maneira igual, dando a deliciosa sensação de que você não estará sozinha, independente do que acontecer.

Afinidade entre irmãos é comum. Afinal, o cotidiano, as relações diárias acabam gerando essa compatibilidade de gostos e respeito mútuo.
E veja só, que beleza de contradição. Nós, mesmo sem convivermos diariamente nos descobrimos uma na outra. Apesar da distância, apesar da diferença de idade, apesar de todos os pesares, nós somos assim, cara de uma e focinho da outra.

E não nos bastou sermos filhas do mesmo pai e da mesma mãe. Não nos bastou sermos parecidíssimas. Não era o suficiente. Fomos além! Somos irmãs de cabeça, filhas de Iemanjá com Ogum, unidas por um elo muito maior, que nem nós conseguimos imaginar o que isso signifique.

E então, aos poucos, as coisas começam a fazer um sentido especial. Eu sei que você está comigo, e não é apenas dessa vida. Nos cruzamos sabe Deus há quantas encarnações. E como é bom saber que tenho comigo você sempre ao meu lado.

Afinidade é ver no seu semelhante um referencial, e mais do que tudo, um porto seguro. Hoje é dia de agradecer por Deus ter colocado no meu caminho a minha irmãzinha mais nova, que me enche de orgulho e alegria, todos os dias.

Eu te amo, minha pequenininha. 

Leminski sabia das coisas...


Madrugadas produtivas.

Confusões da madrugada.
Então você conversando com uma amiga, conclui que desaprendeu a amar. Simples assim.

Desaprendeu de se deixar gostar.
Paixões arrebatadoras, que te fazem sofrer, chorar e suspirar, não passam pela tua porta nem sequer por um breve instante.
Aquela coisa maluca, de quinze anos, sabe? Que você gosta de suspirar pela maneira com a qual o menino sorriu de canto pra você. Essas coisas.
Essas coisas, que você não sente faz um tempão.

Tenho uma amiga, que consegue, mesmo com 24 anos na cara, viver e sofrer tudo isso, cada vez que se apaixona por um menino novo. E mais: ela consegue se apaixonar com frequência!
COMO ELA CONSEGUE? Sério! Eu a invejo de todo o meu coração, porque não consigo mais sentir isso. Há tempos!

Rememorando os fatos acontecidos, tento ver em que parte da minha vida eu me fechei pro mundo.
E, confesso, eu sei bem onde foi. Sei sim, naquele exato instante em que ele levantou da minha cama, e saiu porta afora.


Preciso mudar  a pergunta.
O foco agora é: Como fazer pra colar um coração partido e seus cacos recolhidos há tanto tempo?
Será que um dia volta a ser como foi outrora?

Ainda busco aquele suspiro...

segunda-feira, 11 de março de 2013

Dias atrás.

No meio do tempo cinza de Curitiba, tropeço contigo num dos cantos mais charmosos da cidade
eu esbaforida, atrasada, como de habitual.
E você na tua serenidade, fala calma e sorriso frouxo.

Paramos ali, nos sinaleiro. Cada um numa extremidade, e ficamos nos encarando, como se fosse a primeira vez.
Olhos fixos e intensos, mas eles já não se desejavam mais.
atravessei a rua, e você me esperou, tirando suavemente os fones de ouvido.
Alguns pingos de chuva caiam na gente, deixando a marca na tua camiseta branca.

Um cumprimento breve, e eu evitei o teu abraço.
Receei, é verdade.
Talvez por não me adaptar à ideia de não mais tê-lo quando queria. Talvez por orgulho ferido.
Sempre sofro com isso. Esses encontros abruptos, me pegando desprevinida, me deixando sem jeito.
acabo me denunciando. sou melhor com palavra do que com gestos.

A ideia de ter que dar o braço a torcer, e enteder de vez que você não me quer mais
é aquele lance de ego. Como assim, me dando um fora?
Não queria gostar de você, mas também nao queria que nenhuma outra o fizesse.

é egoista, eu sei. nunca disse que não era.
Nos encaixávamos tão bem assim, pra que mudar algo que estava bom?

Meia dúzia de palavras trocadas, um sorriso teu, uma falta de jeito minha, o sinal torna a fechar.
tu atravessas a rua, passos largos, firmes e calmos.
Eu continuo subindo, tentando parecer o mais confiante possível, num passo miúdo, quase correndo, pensando em como teria sido bom te dar aquele abraço...

Tomara...

"Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém nesse mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito.. Que mesmo quando estiver doendo, nós não percamos de vista o sonho e a ideia da alegria.
Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz!"


C.F.A.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Garimpando!

... Escolhi amá-la. Escolhi lembrar dos beijos moços, dos suspiros, dos passeios de bicicleta. Tirei os espirros, os chulés e a sua mania de nunca colocar vírgula antes dos vocativos. Escolhi acreditar nos teus carinhos, enxergar o que sei de amor em você e escolhi acreditar que você faz o mesmo. E o nosso amor vai durar enquanto cuidarmos com tanta destreza desse nosso empilhamento de instantes. Sempre achei que, no fundo, amar é garimpar lembranças de instantes bonitos. Assim como o ódio é apenas um amor mal-humorado, preguiçoso de garimpar o que se tem de doce.

-  Ana Larousse. 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Livre, enfim?


A dificuldade da rotina.

É preciso entender que determinadas situações, sentimentos e pessoas possuem prazo determinado na sua vida.
Com começo, meio e especialmente fim.
E mais ainda: É preciso deixá-las irem por completo, sem ficar resgatando-as. Por mais que doa, por mais que falta seja latente.

Tem coisa que vem, pra que possa ir embora.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ela não quer dividir o brownie


Ela é solteira. Não sozinha. Ela pinta as unhas de vermelho quando quer. Mas, também, sabe deixar as unhas em cacos quando dá vontade. Esbanja esquisitices ao falar dos seriados prediletos. E se cala quando o assunto é sobre o porquê dela não ter namorado.

Ela usa vestido de tricô, daqueles clichês para tomar chá quando o tempo é frio. E bebe cervejas em canecas, como homens pré-históricos. Ela ri de palavrões e de piadas de humor negro. Mas, também, se derrete mais do que picolé em frigideira quando recebe um SMS romântico de madrugada. Mas por que não namora?

Ela acorda, escova os dentes de quem já usou aparelho, toma chocolate quente, se arruma e vai trabalhar. Prefere usar preto. Mas desbanca qualquer havaiana bonita quando inova em alguma vestimenta cheia de flores coloridas. Ela é linda e desconversa. Fala do tempo, do futebol, da novela, da mãe, da crise do Paraguai e do Joseph Gordon-Levitt. Mas por que tu não namoras?

Quando o assunto é sexo, ela fala menos do que escuta. Escuta com os ouvidos, com os olhos, com a boca e com os pêlos da coxa. Transa menos do que deseja. E sabe esconder alguma aspirante a Sônia Braga dentro daquele decote comportado. Ela curte os Beatles, os Novos Baianos, Caetano e o Cícero. E fala que eu tenho péssimo tom de voz. Lê Caio, Keroauc, Fante e Gabito. Mas diz que, também, gosta das minhas histórias.

É estranha, também. Assumo. Corta o cabelo de acordo com as fases da lua e gosta de comer macarrão com feijão. Gosta de umas bandas que ninguém conhece e chora com as histórias do Nicholas Sparks. Liga o ar condicionado porque gosta de dormir sentindo frio e acaba repousando feito uma esquimó com meias e edredom. Uma linda esquimó, por sinal. Não sabe usar o celular. Costuma atender as ligações somente após a quarta tentativa de chamada. Não, ela não ignora. Ela perde tempo é procurando o celular na bolsa, debaixo da cama ou pia na banheiro. Mas, vez em quando, ela sabe ignorar também. Não sabe dançar. Recusa os convites, mas adora ser convidada. Odeia batom e gosta de brincos de pena.

Mas por que ninguém conseguiu ultrapassar esse muro de Berlim que você ergueu no teu peito? Ela desconversa. Ri de canto de boca e me pergunta se eu fumo tentando desviar o assunto pra longe. Eu insisto. Falo coisas demodês e jogo no ar o fato de que eu a acho perfeita. Ela empina o nariz o fino, me lança teus olhos verdes escuro e ajeita-se sobre a mesa. Muda o tom e me fala: “Porque eu não quero”. E eu rio sem graça da minha maldita ideia de achar que todo mundo quer ter alguém para dividir os brownies.

_

Hugo Rodrigues.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Afinal.

Quando você ler esse bilhete
já estarei na rodoviária
quem sabe até em alta estrada
viajei pra uma cidade chamada solitária

cansei de ser joguete, cacete
cansei de ser tão maltratada

deixei bife e arroz no microondas
joguei na privada aquela rosa
e a aliança
eu deixei pra você pagar as contas
não levo comigo celular nem a escova
somente a tua lâmina de barbear
e uma desesperança

chegando lá vou ficar bêbada de querosene
vou raspar os cabelos até perder a cabeça
vou cometer haraquiri
mesmo sabendo que nesse momento você ri.


- A Banda Mais Bonita Da Cidade - Solitária -

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Cuecas e Calcinhas

Quero café na cama
E, ao dormir, no meu ouvido, 
Ouvir baixinho que me ama,
que me ama, que me ama, 
que me ama, que me ama...

Quero brigas, quero beijos, quero rotina
Acordar e te ver todo dia de pijama,
na sala, no banheiro, na cozinha, na varanda

Quero um filho teu, tua cara, olhos meus,
cuecas e calcinhas no varal,
e ao final da vida, velhinhos, perceber
que não foi assim tão mal. 


- Alexandre Nero para AgendArte.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

"Quem garante que o que você é é o que o outro enxerga?"

- Tiê - 

E mais uma virada!

2013 chegou como uma bruma leve.
Se instalando vagarosamente entre nós... 

Esse ano decidi viver ser criar expectativas. 
Quero uma vida leve, tranquila. 
Acontecerá o que tiver que acontecer. As expectativas servirão apenas para me frustrar. 

Correrei para alcançar meus objetivos, porém, não esperarei mais do que sei que posso conseguir.
Aproveitar mais os bons momentos, curtir o que está acontecendo sem sofrer com a ansiedade do que pode nem vir a acontecer.
Uma espécie de redenção...

Seguir em frente, com o espírito em paz e o amor no coração.
É só isso que eu desejo!

Que seja intenso!

Mal e porcamente.