sábado, 1 de junho de 2013

Mais uma de tantas paixões.


Era carnaval, ficamos naquela euforia maluca. Nada além de cachaça na cabeça.
Você sentou na minha canga enquanto rolava uma tentativa de luau, e eu ria das piadas sem graça que você fazia, e da tua facilidade em perder os chinelos.

Depois de algumas notas mal tocadas no violão, e aquela visão embaçada de porre, eis que amanhece o dia seguinte com um toque diferente na minha bolsa. Me deparo então com um celular que não é meu.
Mas já é dia, e eu já estou no ônibus rumo a Curitiba.
Combino com a tua mãe de te devolver o aparelho na semana seguinte, porque pra minha sorte, você mora lá.

Na data combinada, lá vou eu te devolver.
Situação inusitada essa nossa. Um começo digno de filme, eu diria.
E com isso, voltamos a ficar. Não é que o amor de verão subiu a serra?!

Àquelas terças feiras estendidas, aproveitadas no cinema. Foram dois meses, deliciosos.
Sem cobranças, sem perturbações. Amigos com benefícios, era o que éramos. E era tão bom!

A separação veio da mesma maneira que veio a junção. A Federal entrou em greve, e você voltou pra casa. Nosso pequeno relacionamento não aguentou quatro meses de ausência. Acabamo-nos. Assim, sem mais nem meio mais.

Ao te reencontrar naquele ponto de ônibus foi como se eu fosse teletransportada para aquele momento onde paramos. O teu sorriso bobo enquanto se abaixava na janela e pedia licença pra entrar no carro, seguido daquele teu cabelo despenteado e um comentário tosco para descontrair.

Então me lembro: como tua companhia era boa! Que pena que não demos certo juntos.
Me deu uma saudade danada daqueles tempos antigos.

Costumo achar que tudo tem um porque de acontecer e deixar de acontecer. E acho que no fundo, motivo deve haver por você ter ressurgido assim na minha vida novamente.
Espero poder tropeçar contigo mais vezes por esses dias. E, porque não, como antigamente?

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