Que nada nos limite. Que nada nos defina. Que a liberdade seja a nossa própria substância. (Simone de Beauvoir)
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Hold On
Para fazermos juntos
O que eu não posso fazer sozinha.
Porque quem tem um sonho
E coragem pra caminhar
Com a Força das mãos dadas
Pode muito mais do que sonhar.
Mesmo os passos tão difíceis
Mesmo suado o caminhar
Mesmo com tombos tão grandes
Mesmo errando sem parar
Porque andar nunca foi fácil
(todos tiveram que aprender)
Porque os tombos acontecem
(e não há como prever)
Porque errar não é pecado
(e até sere pra crescer).
É difícil e dá trablho
Porque aqui temos também
Dificuldade e armadilhas
Como toda vida tem
Mas aqui de diferente
Temos algo a acrescentar
Temos todos uns aos outros
E um sonho pelo qual lutar.
E esse sonho, companheiro,
Vale a pena sonhar
É um projeto tão bonito
Pruma pátria popular.
Por isso
Segura sua mão na minha
Para fazermos juntos
O que eu não posso fazer
sozinha.
Lira Alli
I want a...
Queria aprender a meditar.
Ser corredora de maratona.
Acordar bem disposta e humorada.
Ser pontual.
Terminar meus cursos de línguas.
Concluir minhas faculdades.
Não ter olheiras.
Fazer da bicicleta meu meio de locomoção.
Viver fazendo voluntariado.
Rir dos pequenos problemas da vida.
Emagrecer tudo que preciso.
Ter tempo para ler todos os livros que estão na minha fila de espera.
Assistir aos filmes que estão na estreia do cinema.
Ler todos os textos da faculdade no período certo.
Acordar no horário.
Escrever teses e artigos.
Ser disciplinada com a minha alimentação.
Resolver as mazelas do mundo.
Me dedicar à Umbanda de corpo e alma.
Passar num concurso bacana.
Ser feliz na minha profissão.
Não ter problema de memória.
Não depender de celular.
Nem depender de agenda.
E mais um monte de quereres.
A única coisa que não preciso querer, é amor. Porque isso a vida já tratou de se encarregar.
Mas o resto, ah, eu queria.
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Uma hora a coisa pifa.
Manter a motivação e o foco no decorrer dos dias é complicadíssimo!
Perde o pique é natural. Estamos praticamente em outubro, faltam três meses pra acabar o ano. As forças já esgotaram.
Ainda mais eu, que resolvi abraçar o mundo e o fundo, de uma vez só.
Isso não significa desanimar.
Mas o corpo sofre. Você precisa de uma pausa, um descanso.
Não adianta tomar estimulantes, uma hora ele pifa. Pede arrego. Porque você as vezes esquece que é feita de carne e osso...
Essa semana foi pesada.
Perdi a hora todos os dias. Todos. Não ouvi o despertador tocar. Desesperador.
Acho que é o corpo dando sinal que tá arriando.
Nessas horas, o melhor a se fazer é parar e repensar o que se está fazendo. Prioridades, sabe como é.
Triste. Porém necessário.
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Mas não sorrimos a toa...
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Concerta!
Há um certo tempo comecei a tomar o remedinho adestrador.
Eu mesma que pedi. Já estava ficando zureta com as duas faculdades, grupo de estudo, projeto social, curso de línguas, vida social assim, tudo ao mesmo tempo.
E... Essa coisa deixa muito pilhada!
Já percebi que nos dias que eu tomo, de fato fico muito ligada. Eu sei, é a função do remédio. Concentração à mil!
To feliz com a produção. Percebo que produzo muito mais análises sobre conteúdos do que antes. E isso eu acho fantástico.
Em contrapartida, eu ainda tenho uma certa dificuldade em focar. Penso, produzo, discuto. Mas não consigo aquietar a bunda e ler. Ok, não me empenhei pra isso ainda, é bem verdade...
Me sinto tão elétrica que em alguns momentos chego a ter medo de ter uma taquicardia.
Mais louca do que o normal, se isso é possível.
sábado, 9 de agosto de 2014
Reflexões de uma sexta feira a noite.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Felicidade Reinou.
Disfarço dois caminhos
Refaço o nó pra nos unir
Remendo no destino
Vontade de encontrar
O amor vem me buscar a pé
Os versos dessa nossa história
Fazem um refém
Sequestra o nosso amor
E põe de recompensa a fé
De acreditar que é bem melhor
Eu e você, nada ao redor
Que a vida há de encontrar nosso lugar
Me diz quantos passos eu devo seguir
Pra nos fazer feliz
Já não importa onde estou
Se é com você que eu vou
Meus olhos podem seguir
O que ainda há de vir
A luz dos dias que virão
Eu e você nada a perder
Que a vida há de encontrar nosso lugar
Me diz quantos passos eu devo seguir
Pra nos fazer feliz
Já não importa onde estou
Se é com você
Nosso andar
Até o amanhecer
Toda vez
Que eu vejo você
De ser mais, sem limite algum
Faz de nós dois um lugar
Um destino pra sempre seguir
E daqui até lá
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Platão saberia me responder...
terça-feira, 15 de julho de 2014
Aquela pieguice que todo mundo sabe
A vida fica mais fácil de levar.
Os nós desatam com naturalidade.
Aqueles problemas chatos e gigantes nem parecem tão grandes assim.
Eu sei, a paixão faz isso.
Mas o que me surpreende mais é que nosso sentimento é maduro.
Lógico que existe aquela euforia, o frio na barriga.
Mas ao mesmo tempo, existe uma serenidade tão gostosa, que me deixa segura, tranquila.
Me sinto bem, amada, parece que não são dois meses e sim anos e anos.
O tempo passa de maneira natural. Ficamos horas juntos, mas não enjoo de você.
As coisas acontecem espontaneamente.
E ficar longe é tão ruim.
Me pego fazendo planos.
Quero viajar, quero ir a restaurantes, quero ter tardes no parque, quero sorrisos, abraços, beijos e amor. Muito amor.
Planejo uma vida ao teu lado.
Uma casa, gatos, Maria Flor, tudo assim bem misturado. Parecendo enlouquecedor.
Mas contigo do lado, não tem problema que perdure.
Fica meio piegas isso.
Não tem problema. Eu descobri que o amor é piegas. É batido.
Mas é fundamental.
terça-feira, 24 de junho de 2014
Dama da Noite
Nada, você não entende nada. Dama da noite. todos me chamam e nem sabem que durmo o dia inteiro. Não suporto: luz, também nunca tenho nada pra fazer - o quê? Umas rendas aí. É, macetes. Não dou detalhe, adianta insistir. Mutreta, trambique, muamba. Já falei: não adianta insistir, boy . Aprendi que, se eu der detalhe, você vai sacar que tenho grana e se eu tenho grana você vai querer foder comigo só porque eu tenho grana. E acontece que eu ainda sou babaca, pateta e ridícula o suficiente para estar procurando O verdadeiro amor. Pára de rir, senão te jogo já este copo na cara. Pago o copo, a bebida. Pago o estrago e até o bar, se ficar a fim de quebrar tudo. Se eu tô tesuda e você anda duro e eu precisar de cacete, compro o teu, pago o teu. Quanto custa? Me dil que eu pago. Pago bebida, comida, dormida. E pago foda também, se for preciso.
Pego, claro que eu pego. Pego sim, pego depois. É grande? Gosto de grande, bem grosso. Agora não. Agora quercì falar na roda. Essa roda, você não vê, garotão? Está por aí. rodando aqui mesmo. Olha em volta, cara. Bem do teu lado. Naquela mina ali, de preto, a de cabelo arrepiadinho. Tá bom, eu sei: pelo menos dois terços do bar veste preto e tem cabelo arrepiadinho, inclusive nós. Sabe que, se há uns dei anos eu pensasse em mim agora aqui sentada com você, eu não ia acreditar? Preto absorve vibração negativa, eu pensava. O contrário de branco, branco reflete. Mas acho que essa moçada tá mais a fim mesmo é de absorver, chupar até o fundo do mal - hein? Depois, até posso. Tem problema, não. Mas não é disso que estou falando agora, meu bem.
Você não gosta? Ah, não me diga, garotinho. Mas se eu pago a bebida, eu digo o que eu quiser, entendeu? Eu digo meu-bem assim desse jeito, do jeito que eu bem entender. Digo e repito: meu-bem-meu-bem-meu-bem. Pego no seu queixo a hora que eu quiser também, enquanto digo e repito e redigo meu-bem-meu-bem. Queixo furadinho, hein? Já observei que homem de queixo furadinho gosta mesmo é de dar o rabo. Você já deu o seu? Pelo amor de Deus, não me venha com aquela história tipo sabe, uma noite, na casa de um pessoal em Boiçucanga, tive que dormir na mesma cama com um carinha que. Todo machinho da sua idade tem loucura por dar o rabo, meu bem. Ascendente Câncer, eu sei: cara de lua, bunda gordinha e cu aceso. Não é vergonha nenhuma: tá nos astros, boy. Ou então é veado mesmo, e tudo bem.
Levanta não, te pago outra vodca, quer? Só pra deixar eu falar mais na roda. Você é muito garoto, não entende dessas coisas. Deixa a vida te lavrar a cara, antes, então a gente. Bicho, esquisito: eu ia dizer alma, sabia? Quer que eu diga? Tá bom, se você faz tanta questão, posso dizer. Será que ainda consigo, como é que era mesmo? Assim: deixa a vida te lavrar a alma, antes, então a gente conversa. Deixa você passar dos trinta, trinta e cinco, ir chegando nos quarenta e não casar e nem ter esses monstros que eles chamam de filhos, casa própria nem porra nenhuma. Acordar no meio da tarde, de ressaca, olhar sua cara arrebentada no espelho. Sozinho em casa, sozinho na cidade, sozinho no mundo. Vai doer tanto, menino. Ai como eu queria tanto agora ter uma alma portuguesa para te aconchegar ao meu seio e te poupar essas futuras dores dilaceradas. Como queria tanto saber poder te avisar: vai pelo caminho da esquerda, boy, que pelo da direita tem lobo mau e solidão medonha.
A roda? Não sei se é você que escolhe, não. Olha bem pra mim - tenho cara de quem escolheu alguma coisa na vida? Quando dei por mim, todo mundo já tinha decorado a tal palavrinha-chave e tava a mil, seu lugarzinho seguro, rodando na roda. Menos eu, menos eu. Quem roda na roda fica contente. Quem não roda se fode. Que nem eu, você acha que eu pareço muito fodida? Um pouco eu sei que sim, mas fala a verdade: muito? Falso, eu tenho uns amigos, sim. Fodidos que nem eu. Prefiro não andar com eles, me fazem mal. Gente da minha idade, mesmo tipo de. Ia dizer problema, puro hábito: não tem problema. Você sabe, um saco. Que nem espelho: eu olho pra cara fodida deles e tá lá escrita escarrada a minha própria cara fodida também, igualzinha à cara deles. Alguns rodam na roda, mas rodam fodidamente. Não rodam que nem você. Você é tão inocente, tão idiotinha com essa camisinha Mr. Wonderful. Inocente porque nem sabe que é inocente. Nem eles, meus amigos fodidos, sabem que não são mais. Tem umas coisas que a gente vai deixando, vai deixando, vai deixando de ser e nem percebe. Quando viu, babau, já não é mais. Mocidade é isso aí, sabia? Sabe nada: você roda na roda também, quer uma prova? Todo esse pessoal da preto e cabelo arrepiadinho sorri pra você porque você é igual a eles. Se pintar uma festa, te dão um toque, mesmo sem te conhecer. Isso é rodar na roda, meu bem.
Pra mim, não. Nenhum sorriso. Cumplicidade zero. Eu não sou igual a eles, eles sabem disso. Dama da noite, eles falam, eu sei. Quando não falam coisa mais escrota, porque dama da noite é até bonito, eu acho. Aquela flor de cheiro enjoativo que só cheira de noite, sabe qual? Sabe porra: você nasceu dentro de um apartamento, vendo tevê. Não sabe nada. fora essas coisas de vídeo, performance, high-tech, punk, dark. computador, heavy-metal e o caralho. Sabia que eu até vezenquando tenho mais pena de você e desses arrepiadinhos de preto do que de mim e daqueles meus amigos fodidos? A gente teve uma hora que parecia que ia dar certo. Ia dar, ia dar. sabe quando vai dar? Pra vocês, nem isso. A gente teve a ilusão, mas vocês chegaram depois que mataram a ilusão da gente. Tava tudo morto quando você nasceu, boy, e eu já era puta velha. Então eu tenho pena. Acho que sou melhor, sei porque peguei a coisa viva. Tá bom, desculpa, gatinho. Melhor, melhor não. Eu tive mais sorte, foi isso? Eu cheguei antes. E até me pergunto se não é sorte também estar do lado de fora dessa roda besta que roda sem fim, sem mim. No fundo, tenho nojo dela - você?
Você não viu nada, você nem viu o amor. Que idade você tem, vinte? Tem cara de doze. Já nasceu de camisinha em punho, morrendo de medo de pegar Aids. Vírus que mata. neguinho, vírus do amor. Deu a bundinha, comeu cuzinho. pronto: paranóia total. Semana seguinte, nasce uma espinha na cara e salve-se quem puder: baixou Emílio Ribas. Caganeira, tosse seca, gânglios generalizados. Õ boy, que grande merda fizeram com a tua cabecinha, hein? Você nem beija na boca sem morrer de cagaço. Transmite pela saliva, você leu em algum lugar. Você nem passa a mão em peito molhado sem ficar de cu na mão. Transmite pelo suor, você leu em algum lugar. Supondo que você lê, claro. Conta pra tia: você lê, meu bem? Nada, você não lê nada. Você vê pela tevê, eu sei. Mas na tevê também dá, o tempo todo: amor mata amor mata amor mata. Pega até de ficar do lado, beber do mesmo copo. Já pensou se eu tivesse? Eu, que já dei pra meia cidade e ainda por cima adoro veado.
Eu sou a dama da noite que vai te contaminar com seu perfume venenoso e mortal. Eu sou a flor carnívora e noturna que vai te entontecer e te arrastar para o fundo de seu jardim pestilento. Eu sou a dama maldita que, sem nenhuma piedade, vai te poluir com todos os líquidos, contaminar teu sangue com todos os vírus. Cuidado comigo: eu sou a dama que mata, boy. Já chupou buceta de mulher? Claro que não, eu sei: pode matar. Nem caralho de homem: pode matar. Já sentiu aquele cheiro molhado que as pessoas têm nas virilhas quando tiram a roupa? Está escrito na sua cara, tudo que você não viu nem fez está escrito nessa sua cara que já nasceu de máscara pregada. Você já nasceu proibido de tocar no corpo do outro. Punheta pode, eu sei, mas essa sede de outro corpo é que nos deixa loucos e vai matando a gente aos pouquinhos. Você não conhece esse gosto que é o gosto que faz com que a gente fique fora da roda que roda e roda e que se foda rodando sem parar, porque o rodar dela é o rodar de quem consegue fingir que não viu o que viu. O boy, esse mundo sujo todo pesando em cima de você, muito mais do que de mim e eu ainda nem comecei a falar na morte...
Já viu gente morta, boy? É feio, boy. A morte é muito feia, muito suja, muito triste. Queria eu tanto ser assim delicada e poderosa, para te conceder a vida eterna. Queria ser uma dama nobre e rica para te encerrar na torre do meu castelo e poupar você desse encontro inevitável com a morte. Cara a cara com ela, você já esteve? Eu, sim, tantas vezes. Eu sou curtida, meu bem. A gente lê na sua cara que nunca. Esse furinho de veado no queixo, esse olhinho verde me olhando assim que nem eu fosse a Isabella Rossellini levando porrada e gostando e pedindo eat me eat me, escrota e deslumbrante. Essa tontura que você está sentindo não é porre, não. É vertigem do pecado, meu bem, tontura do veneno. O que que você vai contar amanhã na escola, hein? Sim, porque vocé ainda deve ir à escola, de lancheira e tudo. Já sei: conheci uma mina meio coroa, porra-louca demais. Cretino, cretino, pobre anjo cretino do fim de todas as coisas. Esse caralhinho gostoso aí, escondido no meio das asas, é só isso que você tem por enquanto. Um caralhinho gostoso, sem marca nenhuma. Todo rosadinho. E burro. Porque nem brochar você deve ter brochado ainda. Acorda de pau duro, uma tábua, tem tesão por tudo, até por fechadura. Quantas por dia? Muito bem, parabéns: você tá na idade. Mas anota aí pro teu futuro cair na real: essa sede, ninguém mata. Sexo é na cabeça: você não consegue nunca. Sexo é só na imaginação. Você goza com aquilo que imagina que te dá o gozo, não com uma pessoa real, entendeu? Você goza sempre com o que tá na sua cabeça, não com quem tá na cama. Sexo é mentira, sexo é loucura, sexo é sozinho, boy.
Eu, cansei. Já não estou mais na idade. Quantos? Ah, você não vai acreditar, esquece. O que importa é que você entra por um ouvido meu e sai pelo outro, sabia? Você não fica. você não marca. Eu sei que fico em você, eu sei que marco você. Marco fundo. Eu sei que, daqui a um tempo, quando você estiver rodando na roda, vai lembrar que, uma noite. sentou ao lado de uma mina louca que te disse coisas, que te falou no sexo, na solidão, na morte. Feia, tão feia a morte, boy. A pessoa fica meio verde, sabe? Da cor quase assim desse molho de espinafre frio. Mais clarinho um pouco, mas isso nem é o pior. Tem uma coisa que já não está mais ali, isso é o mais triste. Você olha, olha e olha e o corpo fica assim que nem uma cadeira. Uma mesa, um cinzeiro, um prato vazio. Uma coisa sem nada dentro. Que nem casca de amendoim jogada na areia, é assim que a gente fica quando morre, viu, boy? E você, já descobriu que um dia também vai morrer?
Dou, claro. Ficou nervosinho, quer cigarro? Mas nem fumar você fuma, o quê? Compreendo, compreendo sim, eu compreendo sempre, sou uma mulher muito compreensiva. Sou tão maravilhosamente compreensiva e tudo que, se levar você pra minha cama agora e amanhã de manhã você tiver me roubado toda a grana, não pense que vou achar você um filho da puta. Não é o máximo da compreensão? Eu vou achar que você tá na sua, um garotinho roubando uma mulher meio pirada, meio coroa, que mexeu com sua cabecinha de anjo cretino desse nojento fim de todas as coisas. Tá tudo bem, é assim que as coisas são: ca-pi-ta-lis-tas, em letras góticas de neon. Mulher pirada e meio coroa que nem eu tem mais é que ser roubada por um garotinho ïmbecil e tesudinho como você. Só pra deixar de ser burra caindo outra vez nessa armadilha de sexo.
Fissura, estou ficando tonta. Essa roda girando girando sem parar. Olha bem: quem roda nela? As mocinhas que querem casar, os mocinhos a fim de grana pra comprar um carro, os executivozinhos a fim de poder e dólares, os casais de saco cheio um do outro, mas segurando umas. Estar fora da roda é não segurar nenhuma, não querer nada. Feito eu: não seguro picas, não quero ninguém. Nem você. Quero não, boy. Se eu quiser, posso ter. Afinal, trata-se apenas de um cheque a menos no talão, mais barato que um par de sapatos. Mas eu quero mais é aquilo que não posso comprar. Nem é você que eu espero, já te falei. Aquele um vai entrar um dia talvez por essa mesma porta, sem avisar. Diferente dessa gente toda vestida de preto, com cabelo arrepiadinho. Se quiser eu piro, e imagino ele de capa de gabardine, chapéu molhado, barba de dois dias, cigarro no canto da boca, bem noir. Mas isso é filme, ele não. Ele é de um jeito que ainda não sei, porque nem vi. Vai olhar direto para mim. Ele vai sentar na minha mesa, me olhar no olho, pegar na minha mão, encostar seu joelho quente na minha coxa fria e dizer: vem comigo. É por ele que eu venho aqui, boy, quase toda noite. Não por você, por outros ecmo você. Pra ele, me guardo. Ria de mim, mas estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado, comigo: um dia encontro.
Só por ele, por esse que ainda não veio, te deixo essa grana agora, precisa troco não, pego a minha bolsa e dou a fora já. Está quase amanhecendo, boy. As damas da noite recolhem seu perfume com a luz do dia. Na sombra, sozinhas. envenenam a si próprias com loucas fantasias. Divida essa sua juventude estúpida com a gatinha ali do lado, meu bem. Eu vou embora sozinha. Eu tenho um sonho, eu tenho um destino, e se bater o carro e arrebentar a cara toda saindo daqui. continua tudo certo. Fora da roda, montada na minha loucura. Parada pateta ridícula porra-louca solitária venenosa. Pós-tudo, sabe como? Darkérrima, modernésima, puro simulacro. Dá minha jaqueta, boy, que faz um puta frio lá fora e quando chega essa hora da noite eu me desencanto. Viro outra vez aquilo que sou todo dia, fechada sozinha perdida no meu quarto, longe da roda e de tudo: uma criança assustada."
segunda-feira, 23 de junho de 2014
672 horas.
segunda-feira, 16 de junho de 2014
E os dois se encontravam todo dia, e a vontade crescia, como tinha de ser...
quarta-feira, 11 de junho de 2014
Tum tum.
sábado, 24 de maio de 2014
Poesia...
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Azias da madrugada
segunda-feira, 19 de maio de 2014
sexta-feira, 16 de maio de 2014
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Contos de um casaco perdido pela vida...
terça-feira, 6 de maio de 2014
Não fodida, mal paga e nem comida.
Das coisas que são ditas e tocam.
domingo, 4 de maio de 2014
Assim...
Assim que o amor entrou no meio, o meio virou amor
O fogo se derreteu, o gelo se incendiou
E a brisa que era um tufão
Depois que o mar derramou, depois que a casa caiu
O vento da paz soprou
Clareou, refletiu, se cansou do ódio e viu que o sonho é real
E qualquer vitória é carnaval, carnaval, carnaval
Muito além da razão, bate forte emoção, ilusão que o céu criou
Onde apenas o meu coração amará, amará
O amor não se tem na hora que se quer, ele vem no olhar
Sabe ser o melhor na vida e pede bis quando faz alguém feliz
Vem aqui, vem viver, não precisa escolher os jardins do nosso lar
Preparando a festa pra sonhar, pra sonhar, pra sonhar
Faça chuva, vem o sol, em comum o futebol deu você e o nosso amor
Convidando as mágoas pra cantar, pra cantar, pra cantar
O amor não se tem na hora que se quer, ele vem no olhar
Sabe ser o melhor na vida e pede bis quando faz alguém feliz
- los Hermanos - Romeu e Julieta