quarta-feira, 23 de julho de 2014

Platão saberia me responder...

Devido a uma série de acontecimentos hoje, me peguei refletindo: como é difícil se colocar no lugar do outro.
Não to falando só da empatia (aquilo que tanto falta por aí). 
Me refiro à dificuldade de compreender efetivamente o que o outro sente. 
Porque sentir é muito subjetivo. 
O que me magoa, chateia ou fere, pode não fazer sentido pro outro. 

Hoje eu fiz o papel do "outro". Que não conseguiu entender o motivo de tamanha chateação. 
E então, voltei pra casa com isso matusquelando na cabeça. 
Afinal: como saber até onde a pessoa que se sentiu lesada está ou deixa de estar certa? 
É difícil valorar.

Porque quando você valora, você coloca tuas percepções. E percepções são subjetivas...
Sim, esse papo ta ficando subjetivo, eu sei. 
Mas a preocupação é seria. 

Até que ponto eu tenho direito de achar que o outro ta sentindo, ta errado?
Quem sou eu pra achar isso?
Mas ao mesmo tempo, quem é ele pra se ofender com tão pouco? Ou tão muito? 

Dirão: precisa usar o bom senso!
Aí respondo : bom senso é subjetivo. 

Ok. 
A vida é subjetiva. E se formos nos basear em subjetividades e indagações desse tipo, Precisaremos nascer com um diploma de graduação em filosofia. 
Mas fica lançada a indagação. Pra reflexão. 

Necessitamos de uma resposta pra isso. 
Porque muitas relações são - e serão- desgastadas por conta de pequenos infortúnios, tipo os que eu vivenciei hoje. 
E não há motivo pra isso. 
Basta uma tentativa válida de esclarecimento entre as partes. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário