quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Porque sim. Porque Sempre.

Quem diria.

O foco era outro. Mas hoje quem saiu ajudada fui eu.
Entre tantas indecisões e dores da vida, ouvi algumas verdades que eu já sabia, mas que vi de maneira diferente quando você falou.

É bem verdade quando dizem que o sofrimento é opcional. Mas a grande questão é: Como não sofrer? Especialmente quando se trata de alguém que te causa sofrimento.
Você me decifrou com uma naturalidade espantosa.

"Seja a Ana que todos sabem que você é, e que só muda quando está com ele".
Trata-se de uma redução de danos.
Ele nunca será como eu pretendo que seja. Eu nunca serei como ele pretende que eu seja. Pra que brigar, pra que sofrer?
Pra que viver num passado, falando do passado, desenterrando coisas que não serão resolvidas?

Ok. Mas, como seguir em frente? Como enfrente?

Devemos entender que cada um dá o que pode.
E você se torna responsável pela expectativa que cria.
Mas fazer o que com toda essa confusão no peito? Passar por cima?

Vou escrever pra ele. Vou explicar o que sinto. Vou desenhar. Expor. Rasgar a ferida.
E aí? O que vai acontecer depois disso?
Magicamente tudo vai se resolver?

Trata-se de não pedir mais. Não sofrer por não ter mais.
Ficar feliz com o pouco que te é oferecido. Porque na verdade, você não o aceita como ele é. Você não o compreende verdadeiramente. Você não aceita o que ele não pode te dar.

E precisou uma pessoa de fora vir te falar tudo isso?

É, precisou. Precisou doer. Precisou sofrer. Precisou dramatizar.
Conta pra ele tudo o que você sente. Conta tudo o que doeu. Pra depois, nunca mais ter que falar sobre essa dor. Pra poder escolher ser feliz. Pra poder perdoar de verdade.
Pra poder se perdoar e se entender.
Porque o problema não tá nele. Tá em você, que não aceita como ele é. Porque?
Porque buscar uma idealização? O que você não entende? O que você não quer ver? o que você resiste, reluta em aceitar?

Você pode optar por sofrer ou não. Porque escolhe sempre o caminho da dor?
No fundo, você é igual a ele? Dramatiza tudo. Faz-se mártir do mundo.
Você que opta por carregar o que não consegue, e o que não cabe no bolso, nem no peito.