segunda-feira, 1 de julho de 2013

Se não pode se vestir com os nossos sonhos, não fale em nosso nome.

"Que tempos são esses que temos que defender o óbvio?"


Há tempo de somar
e hora de dividir.
Há tempo de esperar
E tempo de decidir.
Tempos de resistir
Tempos de explodir.
Tempos de criar asas, romper cascas
Porque é tempo de partir.
Partir partidos,
Parir futuros,
Partilhar amanheceres
Há tanto tempo esquecidos.
Lá no passado tínhamos um futuro
Lá no futuro temos um presente
Pronto para nascer
Só esperando você se decidir
Porque são tempos de decidir,
Dissidiar, dissuadir,
Tempos de dizer:
Não mais em nosso nome!
Se não pode se vestir com os nossos sonhos
Não fale em nosso nome.
Não mais construir casas para que os ricos morem.
Não mais fazer o pão que o explorador come.
Não mais em nosso nome!
Não mais nosso suor, teu descanso.
Não mais o nosso sangue, tua vida.
Não mais nossa miséria, tua riqueza.
Tempos de dizer
Que não são tempos de Calar
Diante da mentira e da injustiça
É tempo de lutar
É tempo de festa, de cantar
As velhas canções e as que ainda vamos inventar
Tempos de criar, tempos de escolher
Tempos de plantar os tempos que iremos colher.
É tempo de darmos nome aos bois,
De levantar a cabeça
Acima da boiada,
Porque é tempo de tudo ou nada
É tempo de rebeldia
São tempos de rebelião
É tempo de dissidência
Já é tempo de os corações pularem fora do peito
Em passeata, em multidão.
Porque é tempo de dissidência
É tempo de revolução.

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