Poucas coisas nessa vida me dão prazeres tão extasiantes.
Acho que, talvez, eu seja daquelas difíceis de agradar, que fica constantemente inquieta e busque sempre mais.
Ou talvez eu seja daquelas pessoas que sabe o potencial que a vida pode oferecer, e não se deslumbra com qualquer coisa.
O fato é: poucas coisas nessa vida me dão tanto prazer quanto, por exemplo, fechar o blackout da cortina.
Explico.
Minha rotina é daquelas atribuladas. Que eu tenho que parar pra pensar, senão, faço tudo no automático. Corro o dia inteiro. E gosto muito disso!
Mas, durante a semana, durmo pouco. Isso faz com que eu sinta uma dificuldade descomunal para acordar, e sinta sono sempre.
Como estratégia da minha própria dinâmica de vida, durmo com a cortina aberta. Todos os dias. Para ser acordada pelo sol, ou no caso de Curitiba, pela claridade.
Fechar o blackout, para mim, é uma redenção!
Significa a paz do sono tranquilo e sem hora para terminar. A falta de pressa e coisas urgentes a serem feitas. Um presságio de calmaria e serenidade nessa vida atribulada que levo.
Bobo é aquele que se deslumbra com coisas materiais, com o momentâneo e temporário.
Ostentação mesmo é dormir 8h por dia, com blackout fechado.
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