sábado, 30 de julho de 2011

Férias e seus Devaneios.

"Estava organizando meus papéis murchos, o tinteiro, a pena de ganso, quando o sol explodiu entre as amendoeiras do parque e o barco fluvial dos correios, atrasado uma semana por causa da seca, entrou bramando no canal do porto. Era, enfim a vida real, com meu coração a salvo, e condenado a morrer de bom amor na agonia feliz de qualquer dia depois dos meus cem anos.”

Memória de Minhas Putas Tristes – Gabriel Garcia Márquez

Tulipa Ruiz

“Às vezes quando eu vou ao centro da cidade
Evito, mas entro no mesmo bar
que você
Nem imagino o porquê, se eu nem queria beber

Reparo em sua roupa, na loira ao seu lado
No seu ar cansado que nem mesmo
me vê
Olhando pr’ocê, pedindo outro “fernet”

Será que não chega, já estou me repetindo
Eu vivo mentindo pra
mim
Outro sim, outra “trip”, outro tchau
Outro caso banal, tão normal, tão
chinfrim

Às vezes eu até pego uma estrada
E a cada belo horizonte eu diviso o seu
rosto
A face oculta da lua soprando ainda sou sua

Leve como uma pluma, Leve.

A vida mudou, pra melhor.

Novo semestre começando, nova fase na vida! Hora de mudanças em todos os sentidos! Chega de ser sempre a mesma, de resmungar ‘pelas’ mesmas coisas, de viver nesse ciclo vicioso. O Começo do ano já passou, a dor, o baque também.

Agora, novos tempos!

A mudança precisa vir de mim. Eu sou a mudança, eu a vivo no meu dia a dia. E é isso que quero.

Tudo que quero e preciso, depende estritamente de mim. E será assim daqui pra frente. A essência não muda, mas lapidaremos melhor essa forma.

Que venham os novos ventos! E que eles sejam bons!

Repetição.

...

A rotina do dia a dia tomou minhas palavras, e tem me feito uma pessoa blasè. A minha criatividade foi embora com a chuva que tem absorvido Curitiba nos últimos tempos.

Só isso explica minha ausência no blog.

Memória Fraca

Preciso lembrar que o amor próprio não bate na minha porta toda hora.

E uma vez que eu tenha conseguido adquirí-lo, é preciso usar constantemente. Independente de quem eu ache que sempre vai estar presente ou não.

Um tombo já é o suficiente. Chega de sofrer pelas mesmas coisas.

Valentine's Day

Já estou cheio de me sentir vazio
Meu corpo é quente e estou sentindo frio.

Todo mundo sabe, ninguém quer mais saber
Afinal amar ao próximo é tão demodè.

A dor é inevitável. O Sofrimento, opcional.

Depois de toda aquela tormenta passada na minha vida, a calmaria enfim pareceu se reestabelecer.

Chorei, senti, esperneei, indaguei e me indignei. Tudo o que eu podia e queria.

Agora, passado seis meses desde o acontecido, vejo que no final, tudo se ajeita para o bem. E como diz o ditado: “deus escreve certo por linhas tortas”.

A minha vida não acabou. Ao contrário, eu redescobri como se vive. Redescobri amigos, sentimentos, loucuras, amores, mas principalmente, me redescobri.

E toda essa redescoberta me fez crescer, me fez ver como as mudanças que chegam às vezes indesejadamente, podem me fazer aprender com elas.

Hoje, depois de muita análise sobre a situação, a conclusão que tiro é: Cada coisa tem seu tempo e seu momento. Nada é pra sempre, por mais que a gente queira. E mesmo não sendo eterno, temos que fazer valer cada momento vivido, e mais ainda, é necessário dar valor pelo que se viveu.

É, o nosso momento passou.

Em contrapartida, começou outro momento, com outras pessoas. E ele tem sido tão intenso, tão verdadeiro, tão cúmplice que eu já nem mais sinto aquela falta tamanha que antes eu sentia.

Vida nova, com pessoas não tão novas assim. E isso que é o mais bonito. A redescoberta, que eu já falei ali em cima.

E assim o tom púrpura aparece! A possibilidade de recomeçar a cada momento.

E esses momentos vão me levando…

Post especial para meus mais novos momentos: Ana Letícia e Isabel

Pra pensar a respeito.

A novidade veio dar à praia
Na qualidade rara de sereia
Metade, o busto de uma deusa maia
Metade, um grande rabo de baleia

A novidade era o máximo
Do paradoxo estendido na areia
Alguns a desejar seus beijos de deusa
Outros a desejar seu rabo pra ceia

E a novidade que seria um sonho
O milagre risonho da sereia
Virava um pesadelo tão medonho
Ali naquela praia, ali na areia

A novidade era a guerra
Entre o feliz poeta e o esfomeado
Estraçalhando uma sereia bonita
Despedaçando o sonho pra cada lado

Ó, mundo tão desigual
Tudo é tão desigual
Ó, de um lado este carnaval
Do outro a fome total

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E a novidade cada dia mais presente no mundo todo. Até quando?

Pistis



‘De tudo ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.’

Vinícius de Moraes

Solamente.


Só por hoje vou me permitir assim.

Ir deitar com esse sorriso no rosto, ficar pensando nos acontecimentos do dia até adormecer.

Voltar a ser juvenil, sonhar com possibilidades infundadas e improváveis.

Mesmo sabendo que nada disso será verdade, mesmo diante de todo o pessimismo presente no dia a dia. Mesmo apesar de tudo…

Por que não dá pra viver eternamente no ceticismo.

Um dia eu já soube escrever.

Mas esse dia foi embora, e nem me disse adeus.

Pra Ela...

E Todo aquele amor do mundo, contido em meu peito

Clamava para sair e ser todo dela…

Pra Onde Foi?

Faltam-me palavras pra descrever tudo que passa por aqui.

Os sentimentos são indecifráveis, as atitudes cada vez mais complexas e inexplicáveis. Eu não consigo entender, e não sei porque busco tanto esse entendimento. Mas sinto que preciso dele.

Tantas coisas acontecem, e me surpreendo com minhas reações. Fico perplexa comigo mesma, eu não era assim. O que aconteceu? Porque, quando e como eu fiquei assim, tão fria, tão indiferente, tão distante de tudo?

Mas eu continuo sentindo, aqui dentro, ainda bate. Eu só não sei, não consigo exteriorizar. Há um bloqueio maior.

E tudo isso me angustia, me faz ficar desesperada. Porque no fundo, a única coisa que eu quero é voltar a sorrir, sinceramente!

Essa vida desconexa, essa correria que me atropela, essa desilusão com as coisas que acontecem ao meu redor, esses cacos de coração espalhados a minha volta, essas mazelas do mundo, essa inversão de valores, a perda do caráter, as amizades despedaçadas…

Tudo, tudo colabora pra que eu não consiga mais compreender o que outrora eu julgava saber.

Esse ano tá sendo difícil manter o otimismo…

Mas vamos levando com o sorriso no rosto, mesmo que ele seja falso.

El Miedo

“Você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra. É por isso que eu tenho medo. Você também diz que me ama”.

William Shakespeare

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“Nem toda distância é ausência. Assim como nem todo silêncio é esquecimento…”

Volta Triunfal!

Respeitável Público:

Com muito amor no coração, lhes informo que meu blog voltou ao seu funcionamento normal!
Falta-me palavras pra tanta felicidade!
Há esperança agora?