Você escreve.
Deleta
Faz um parágrafo.
Deleta
Faz um parágrafo.
arruma uma palavra aqui, uma pontuação ali.
Mas não consegue se contentar com nada que produz.
Então, você começa a se questionar:
- Ô meu deus, será que eu emburreci? Será que aquela praga que meu ex me lançou pegou?
- Ô meu deus, será que eu emburreci? Será que aquela praga que meu ex me lançou pegou?
[Sim. Uma vez um ex meu disse que eu ficaria burra por não estar ao lado dele. Quem me conhece pode até adivinhar qual foi. ]
E conclui:
Sim, eu emburreci. Não apenas isso.
Eu me acomodei, eu parei de ler, eu não questiono, eu não me indigno!
Sim, eu emburreci. Não apenas isso.
Eu me acomodei, eu parei de ler, eu não questiono, eu não me indigno!
Pensa então:
-mas onde foi que eu perdi aquele brilho tão bonito que eu tinha? Eu não era assim!
Lembra-se que a culpa não é restritamente sua.
Você é um produto do que te acerca.
Você é um produto do que te acerca.
Mas esse devaneio é longo, inócuo para o momento.
Chega na fase da rebeldia: Culpa dessa faculdade de merda. Dessa sociedade hipócrita.
E começa a atirar defeitos para todos os lados.
E começa a atirar defeitos para todos os lados.
Mas esquece-se de que você está quase se tornando um deles.
Então você começa a ficar maluca.
Sim, maluquinha da silva.
Sim, maluquinha da silva.
descontente com tudo, querendo largar tudo pela metade (como sempre fez).
Encontro-me nesse pé.
Sem saber o que fazer, pra onde correr.
Ou então, porque correr.
Ou então, porque correr.
Crise.
Ela novamente.
Os mesmos desgostos conhecidos. Novidade alguma para acrescentar.
Quem souber a resposta, por favor me avise.
- inócuo - uma palavra interessante, meu novo desafio agora é tentar usa-la cotidianamente.
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