sábado, 17 de setembro de 2016

A vida é curta mas os sonhos não.




Fiz 26.
Uma coisa meio estranha essa, envelhecer.
O tempo passa, mas pra mim, pro meu corpo, pra minha mente, ele não passa.
Me sinto exatamente a mesma de anos atrás.
Então reflito um pouco e percebo que, ufa, ainda bem que não sou a mesma.

Mas ainda reluto com esse tempo. Brigo com ele cotidianamente.
Minhas ideias mudam, minha personalidade, vontades. E agradeço imensamente por essas mudanças.
Porém, ainda me vejo como uma guria novinha, cheia de sonhos, com pouca maturidade. Não consigo me imaginar tendo que viver por conta própria.
Chego a me sentir incapaz.
É uma sensação muito louca.

Nesse último dia 13 recebi mensagens de muitos amigos dizendo que me admiram, admiram minha força, minha coragem, minha postura perante o mundo.
Confesso que meu ego ficou muito inflado. Eu gosto que os outros me vejam assim. É verdade.
Mas ao mesmo tempo, me confortou saber que estou indo pelo caminho certo, que vale a pena seguir do jeito que estou seguindo.
Me orgulho do que estou me tornando, mesmo tendo tantas inseguranças.

Acho que envelhecer, no fim das contas, é isso:
Não saber de nada.
Viver conforme se acredita, naquilo que você pretende construir para o mundo, mas sempre naquela linha tênue, sem saber se está seguindo pelo caminho correto.
Quando temos certeza convicta de algo, nos fechamos para outras possibilidades. Não vale a pena ter certezas imutáveis.

Que venham tantos outros 26, com essa alma juvenil, com essa preocupação com o mundo, com essa força para mudar, com essa empatia, com essa ranzinzice, com esse amor para dar, com esse senso crítico, com esse sorriso frouxo, com esse cabelo emaranhado.
E sem certezas absolutas.

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